Era adolescente, por vezes gritava com um agudo sorriso: Cadelo meu chinelo? Cadela minha blusa vermelha? Cadela minha caneta nova?... O tempo passou, os cabelos são de neve e a pele de pergaminho. Às vezes grita sem som e sem saudades: Cadela minha vida?
22 de abril de 2024
REFUTANDO CONSELHOS SOBRE AMOR
Não temos controle sobre sentimentos.
Transbordar amor só é possível
quando a gente ama,
mas é impossível se não amamos.
Porque o amor não é voluntário.
Quem ama sempre doa amor,
mas só para o objeto amado.
Qualquer coisa fora disso
é fingimento ou autoengano.
Quando a gente ama quem não merece,
a gente não percebe que a pessoa
não existe ou não merece nosso amor.
Sentimentos são assim,
eles nos cegam.
Não existe amor abnegado!
O amor sempre quer algo em troca!
Mesmo o amor de mãe,
Talvez o único tipo de amor
que não arrefece se não for retribuído,
dói se houver desprezo
e deseja algo em troca:
A alegria de saber que sua cria existe,
está viva e é feliz.
Não dá pra obedecer ao imperativo “Ame!”
pelo simples fato de ninguém amar
porque e quando quer.
As pessoas simplesmente amam
ou não amam.
E o “ame a si mesmo”
é um péssimo conselho
porque amor-próprio,
via de regra,
é sinônimo de egoísmo.
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