I
É comum, diante de
quaisquer textos com questionamentos que ousem ir contra religiões, religião ou
deus, pessoas comentarem esses textos perguntando a que deus o autor do texto
se refere; alguns perguntam: “Você está falando de Zeus, de Odin ou de Rá?”. Claro
que quem faz essa pergunta quase nunca é um religioso fanático, embora muitas
vezes seja um daqueles que são ou se acham muito cultos e por isso pensam que
será muito fácil convencer essa ateia aqui de que o deus deles é muito
diferente dos acima citados.
Os teístas mais
suaves e tolerantes me informam de que mesmo que eu não acredite em deus ele
acredita em mim, e afirmam ainda que deus (ou Jesus) me ama. Outros, entre o
fanatismo e a tolerância, afirmam que sou uma infeliz, sem amor, frustrada e
egoísta, e dizem que odeio deus porque sofri alguma grande perda e, por ser
fraca e egoísta, culpei deus por isso; juram que um dia vou “receber uma
graça”, enxergar a verdade e me arrepender de tudo o que digo. Já os mais
fanáticos lamentam minha ignorância, me ofendem com palavrões e “convites” não
muito aceitáveis e, invariavelmente, me ameaçam com o fogo eterno; às vezes
acrescentam que eles estarão, no paraíso e envoltos em delícias, me vendo
queimar e rindo do meu sofrimento, que será, segundo alguns, um motivo a mais
para o seu deleite.
Quanto aos
primeiros não tenho como não achar divertida essa ingenuidade contraditória –
eles afirmam sempre que ninguém pode saber nada sobre deus, mas sabem que ele
me ama e que acredita em mim; quanto ao segundo grupo não entendo como podem
tirar tantas conclusões erradas sobre mim e sobre a minha vida com tanta
convicção; e quanto aos últimos fico impressionada com a “piedade” deles e do
seu deus-todo-bondade.
Os que me
perguntam sobre que deus eu falo em alguns casos comentam a existência de
vários deuses, citam deuses de várias religiões, relacionam vários conceitos
ligados a cultos, mitologias e cerimônias do passado e do presente de várias
culturas e de vários povos ao longo da nossa história. São informações válidas,
interessantes e muitas vezes trazem novidades que são bastante úteis. Mas
basicamente todo ateu sabe que existem e existiram muitos deuses na história da
humanidade e eu também sei, não poderia deixar de sabê-lo sendo essa apaixonada
por mitologia que fui desde criança, uma paixão que me levou a roubar do meu
pai – nota a nota, moeda a moeda em malabarismos de aventuras e mentirinhas bem
elaboradas – o dinheiro para completar a coleção Mitologia, publicada em
fascículos nos anos 70, que li diversas vezes e que ainda hoje tenho, amarelada
e envelhecida, em minha estante.
Também sou
apaixonada por literatura e tenho muito interesse por história, inclusive
história das religiões. Além disso, eu e muitos ateus também nos interessamos
por livros e filmes de ficção científica, do tipo Isaac Azimov e Star Trek,
portanto, alguns de nós temos conhecimento até mesmo de algumas projeções de
deuses para o futuro, projeções que, diga-se de passagem, pelo menos pelo que
vi até agora – e vi muito – não conseguem ser muito diferentes dos deuses de
que temos notícias lendo história e atualidades.
Tudo bem que
ninguém é obrigado a saber disso tudo a meu respeito apenas lendo um texto
crítico de cunho religioso, mas um dos meus argumentos básicos sobre o ateísmo
é que ser ateu não é uma ação, uma escolha, um desejo ou uma opção de vida; em
geral não escolhemos o ateísmo como quem escolhe uma roupa para sair à noite.
Ser ateu é antes de tudo uma reação, portanto, se um ateu tem que explicar de
qual deus afinal está falando quando afirma que deus não existe e que as
religiões são coleções bem guardadas de absurdos, o ateu, de qualquer lugar do
mundo e de qualquer cultura, país ou comunidade – caso lhe seja permitido ser
ateu sem que por isso seja punido severamente ou até mesmo morto – dirá ao
religioso que fala de todo e qualquer deus, mas que fala especialmente de um
deus. E qual seria esse deus? Respondo por mim e acho que por todos os ateus:
De que deus eu falo? Ora, gente, falo do deus de que me falam!
No meu caso
específico falo principalmente do deus judaico-cristão, isso porque vivo em uma
cultura predominantemente católica e predominantemente cristã e, portanto, é do
deus judaico-cristão que estiveram me falando desde minha mais tenra infância e
é da existência dele que sempre tentaram, e ainda tentam, me convencer. Se
tivesse nascido na Arábia, no Iraque, no Egito ou em qualquer outro país
muçulmano, e se porventura pudesse fazê-lo sem correr o risco de ser
assassinada, estaria falando de Alá; e se tivesse nascido judia, estaria
falando do deus judeu, aquele que está na torá e no talmude e que é o mesmo
deus dos cristãos, e também o mesmo deus dos muçulmanos, no fim das contas.
Esse é o deus, ou
esses são os deuses, cuja existência os teístas tentam afirmar a qualquer custo
e que, em alguns casos muito infelizes, tentam – e às vezes conseguem – impor
pela força e a custa de muito sofrimento e muitas mortes. É também o deus, ou
são os deuses, que os ateus mais radicais tentam negar com veemência, quando
podem fazê-lo sem perder a vida.
Dizem –
principalmente os teístas que aceitam debater com ateus – que a história mostra
que ateus fanáticos podem impor sua não crença com atos de violência tão
danosos quanto têm sido os crimes praticados pela intolerância religiosa. Fico
sempre muito reticente quanto a isso porque os exemplos que dão não me parecem
ser de imposição do ateísmo pura e simplesmente, mas sim de imposição de mais
um sistema de governo autoritário e ditatorial que, nesses casos, incluem a
proibição de todas as religiões; da mesma forma que outros casos de outros
sistemas de governos autoritários incluem a proibição de todas as religiões
exceto uma, aquela que esse ditador usa como justificativa para suas práticas.
Quero crer que não
estou me comportando como uma ateia radical, principalmente porque tento não
ser intolerante e jamais aceitaria participar de qualquer tipo de ação que
pudesse ser sequer parecida com uma imposição de crença, de falta de crença ou
mesmo da imposição de uma determinada postura, com respeito à religião, à
ausência de religião ou a qualquer outro assunto. Na verdade, mesmo os ateus
mais radicais, pelo menos até onde eu vi, não tentam impor sua não crença a
força como fazem os religiosos fundamentalistas, em geral toda a violência do
radicalismo ateu se resume a duvidar, ironizar e negar, algumas vezes de forma
equivocada e até muito desrespeitosa, a inteligência de todas as pessoas que
acreditam em deus.
Concordo que essas
não são atitudes muito pacíficas e educadas, concordo que os teístas menos
radicais e até mesmo os próprios ateus mais moderados não deixam de ter uma
certa razão quando protestam contra esse “radicalismo ateu”, mas o fato é que
os ateus não tentam usar força física para obrigar ninguém a deixar de
acreditar. Eu nunca vi radicalismo ateu que fosse além de palavras, em geral
escritas.
Então, como disse,
procuro não ser e nem parecer uma ateia radical, embora minhas experiências
tenham mostrado que para muitos religiosos – principalmente os mais
fundamentalistas – apenas dizer-se ateu já é radicalismo suficiente. E não,
eles não percebem a contradição.
Vejo-me apenas
como uma pessoa que não compreende o que afirmam ser a “verdade”, uma pessoa
que pensa muito a respeito do que ouve e lê, uma pessoa que, à força de teimar
em pensar sem as travas da fé, tira conclusões diferentes do que comumente
percebe na maioria das outras pessoas. Sou alguém que sempre que pode coloca
suas questões, fala sobre seus pensamentos e revela suas conclusões; mesmo
correndo o risco de irritar muita gente.
O deus defendido
pelo teísta e negado por mim é, em geral, definido – pelo teísta, é claro –
como um tipo de entidade suprema além e acima da matéria. Ele é o Criador[1] do mundo, do universo, da natureza, do homem. Ele é o criador de tudo
que, curiosamente, não criou o mal; ou não é responsável pela existência do mal
mesmo que o tenha criado.
Esse argumento não
convence quem não tem o privilégio de ter a inabalável fé de um teísta porque,
se usamos apenas a lógica em lugar de apenas a fé e o medo, podemos ver que não
é possível livrar a responsabilidade de deus pelo mal e pela existência do mal.
A verdade racional é que só ateus podem afirmar que deus não criou o mal, já
que para o ateu deus não existe e o que não existe não cria nada. Os teístas, por
mais que pensem o contrário, não podem dizer isso sem estarem quebrando uma
lógica mais do que perceptível; e contrariando a bíblia, claro[2].
Enfim, deus é o
criador transcendente basicamente dotado de cinco características que lhe são
próprias e essenciais: justiça, bondade, onipotência, onisciência e
onipresença. Da mesma forma que quando definimos um quadrado como sendo uma
figura geométrica com quatro lados de mesmo comprimento e quatro ângulos retos estamos automaticamente dizendo que qualquer coisa que não seja uma
figura geométrica, que não tenha quatro lados iguais e que não tenha quatro
ângulos retos não será um quadrado, quando definem deus como sendo o criador
justo e bom, onipotente, onisciente e onipresente, estão automaticamente
dizendo que qualquer ser, existente ou não, que não tenha essas características
– sejam algumas delas ou mesmo uma única – não será O deus.
Podemos, por
exemplo, falar de outras figuras geométricas, mas se não tiverem quatro lados
iguais e quatro ângulos retos, elas não serão quadrados, da mesma forma podemos
falar de um deus que não tenha uma, ou mais de uma, das características que os
teístas usam para definir seu deus, esse ser assim, digamos, incompleto pode
até ser um deus – como os da mitologia greco-romana – mas não será o deus de
que me falam.
Nunca bateram à
minha porta para trazer a palavra de um deus que criou uma parte do universo;
nunca armaram aparelhos de som na praça aqui do lado de casa para gritar e
louvar um deus poderoso mas não muito; nunca entraram em um ônibus em que eu
estivesse para dizer que preciso amar e respeitar um deus que é bonzinho só de
vez em quando; que eu saiba ninguém vai à igreja para rezar ou orar a um deus
que pensa que pode não estar lá; eu nunca soube de alguém que estivesse pedindo
uma graça a um deus achando que ele pode não saber como fazer esse milagre; e
finalmente, nunca ouvi algum religioso dizer que devemos ser bons porque uma
vez ou outra deus é justo.
Enfim, o deus de
que me falam tem todas as características que o definem, todas juntas e todas
em grau máximo, não falta nenhuma, nenhuma é menos do que o máximo. Um deus que
não seja assim será outro deus; será um personagem mitológico, será uma
fantasia, será parte do folclore de um povo, será, como gostam de dizer os evangélicos,
um falso deus.
O pintor belga
René Magritte tem um quadro famoso que nos mostra um desenho muito realista de
um cachimbo e sob ele a inscrição “Ceci n’est pas une pipe” – isso não é um
cachimbo – alguém que veja o quadro pela primeira vez pode estranhar, afinal,
aos olhos de qualquer um, o objeto representado ali é sim um cachimbo. Quando
disseram a Magritte que o que ele fez foi sim um cachimbo, ele
respondeu: "OK, você deve tentar enchê-lo de tabaco então".
Se alguém me
mostrar um dado colorido, piramidal, daqueles usados para jogar RPG e me disser
que é um quadrado porque é uma figura geométrica que tem lados e ângulos, não
poderei aceitar o argumento. Da mesma forma que a pintura de Magritte apresenta
alguns aspectos de um cachimbo mas não o suficiente para SER um cachimbo, um
dado de RPG piramidal apresenta algumas características de um quadrado mas não
o suficiente para SER um quadrado.
É mais ou menos
isso que acontece quando tentam me dizer que não é possível provar a
inexistência de deus. Se estivessem tentando me convencer da existência de um
deus que não criou tudo, apenas algumas coisas; que não é onipotente, apenas
muito poderoso; que não é onisciente, apenas conhece muita coisa; que não é
onipresente, apenas passeia muito e, se você der sorte, ele pode estar por
perto quando você precisar; aí então eu precisaria de outros argumentos para
explicar por que não acredito nele.
Mas se o seu deus
é o criador único de tudo que existe, se é onipotente, onipresente, onisciente,
onibenevolente e justo então o fato mais do que comprovável logicamente é que
esse deus não existe. E essa é a minha tese principal: não é verdade que não se
pode provar a inexistência de deus, SE estivermos falando do deus das religiões
monoteístas que predominam no mundo, do deus cuja existência é e foi defendida
historicamente por muitos filósofos, cientistas e gênios nas mais diversas
áreas do conhecimento, então sua inexistência pode ser provada sim.
Dizer que não se
pode provar a inexistência não é uma verdade completa. Você pode provar a não
existência de um triângulo quadrado definindo essas figuras geométricas e dessa
forma mostrando que elas são logicamente excludentes e que a existência de um
triângulo quadrado é uma impossibilidade lógica. Alguém que insistisse em
afirmar que existe um triângulo quadrado estaria sendo irracional.
A simples
definição do que é um quadrado exclui a possibilidade de que um triângulo seja
quadrado ou um quadrado seja triangular, a inexistência dessas figuras
paradoxais está provada pela definição de cada uma das figuras geométricas
independentemente do que alguém possa dizer em favor delas. É claro que não
existem pessoas afirmando a existência do triângulo quadrado e ninguém nega
que, caso uma criança me perguntasse se isso existe, eu não estaria faltando
com a verdade se dissesse que não.
Outro exemplo:
Digamos que vou à sua casa e digo que você deve se mudar imediatamente porque
eu sou a nova proprietária e tenho um documento que prova isso. Você vai querer
ver esse documento e quando eu disser que o documento é invisível e imaterial
você pensará que estou louca ou que estou brincando com você. Documentos de
propriedade são textos escritos em papel, reconhecidos em cartório e assinados
por pessoas em determinadas funções e com determinada autoridade. Qualquer
coisa diferente disso não poderá ser um documento de propriedade e não terá
valor como tal.
Se eu digo que o
meu documento de propriedade foi escrito com uma luz mágica em uma nuvem
invisível e que foi assinado pelo extraterrestre que é o proprietário original
do planeta, você pode até suspender o julgamento sobre o extraterrestre, mas
não vai aceitar que qualquer coisa que ele escreva seja um documento de
propriedade válido.
Qualquer coisa que
eu apresente e que não seja um papel, um papel de celulose, palpável e visível,
registrado e assinado pelos órgãos e pessoas competentes simplesmente não será
um documento de propriedade válido e não terá o poder de fazer com que você
abandone sua casa legalmente. Você e qualquer pessoa dirá que não existem
documentos de propriedade escritos com luz mágica em nuvens invisíveis porque
documento de propriedade é definido como papel, reconhecido em cartório e
assinado por pessoas em determinadas funções e com determinada autoridade. Você
poderá recorrer ao dicionário e com isso provará que esse documento não existe
e que eu não posso tirá-lo de sua casa.
Portanto, você
pode sim provar a inexistência de algo se o algo que for apresentado como sendo
aquele ser ou aquela coisa não corresponder às definições do que seja esse
algo. Se uma determinada coisa não possuir as características que definem
determinado ser, essa coisa – existindo ou não – não poderá ser aceita como
sendo o ser cujas características não possui; ou seja, não existirá como o ser
cujas características não possui.
Tentando ser ainda
mais clara: se zulix é definido como um objeto octogonal macio e sonoro
fabricado pela brinkedix, qualquer coisa que me apresentem e que não seja
octogonal macio e sonoro e que não seja fabricado pela brinkedix não será um
zulix porque não existe “zulix” octogonal macio e sonoro fabricado pela
brinkedix que não seja octogonal macio e sonoro e que não seja fabricado pela
brinkedix.
Mesmo que eu não
possa provar que o objeto que me foi apresentado como sendo um “zulix” não
existe porque podem ter mostrado apenas uma foto ou filme, eu posso provar que
“AQUELE zulix” que me apresentaram, porque não é octogonal macio e sonoro e não
foi fabricado pela brinkedix não existe, aquele zulix não existe porque não
existe zulix que não seja octogonal macio e sonoro e que não seja fabricado
pela brinkedix uma vez que a definição de zulix é “um objeto octogonal macio e
sonoro fabricado pela brinkedix”.
O tal objeto
apresentado pode existir ou não, mas não será um zulix, não existirá como
zulix. E se eu souber que não existe nenhum objeto com a definição que foi dada
para definir um zulix, por exemplo, porque a brinkedix nunca fabricou um objeto
octogonal macio e sonoro então posso concluir – e provar – que zulix não
existem. Pronto! Apresentei provas de inexistência!
O problema é que,
lendo alguns filósofos com suas teodiceias e ouvindo alguns teístas com seus
argumentos de fé, acabei por perceber que, para os que não abrem mão de
acreditar e de tentar convencer, vale até mesmo tirar ou enfraquecer algumas
das características básicas de deus; desde que isso não fique muito óbvio para
o ouvinte ou leitor comum. É como dizer que um zulix octogonal macio e sonoro é
um quadrado duro e silencioso; ou só levemente octogonal, um pouco macio e de
vez em quando silencioso.
Debati com um
teísta que, durante a conversa e para não abrir mão da sua verdade, tirou não
uma ou outra mas todas as características definidoras do deus que estava
defendendo. Esse teísta me disse que quando deus surgiu o universo já existia e
já estava povoado por outros seres, portanto deus não pode ser culpado pela
criação de nada; disse que deus é o Tudo e o Nada e que isso significa que deus
pode ser bom ou mau, justo ou injusto; disse que deus é onipotente mas não pode
tudo “só porque você quer que ele faça isso”; disse que deus é onisciente mas
só sabe das coisas depois que elas acontecem ou, nas palavras dele “depois que
algo tem início”. Por essas características todas (ou falta delas), defendia
ele, deus não é culpado por absolutamente nada do que acontece ou tenha
acontecido, nós sim, por o termos desobedecido, somos culpados por tudo.
Esse teísta ficou
tremendamente ofendido quando eu disse que ele estava me descrevendo um deus
bipolar e inútil e argumentou que deus não existe só para ser útil “como um kit
da Kodak”. Ah, e ele usava a bíblia para cada uma de suas afirmações; mais uma
prova de que a bíblia pode ser usada para justificar qualquer coisa. Fiquei
pensando como pode a necessidade de acreditar levar a tão completa incoerência.
Depois disso fica até possível compreender o fato de os outros teístas não
conseguirem perceber a incoerência do deus em que creem. Talvez.
Então fico
pensando que, no final das contas, as pessoas chamam de deus simplesmente tudo
aquilo que querem acreditar que existe e que interfere na vida delas, se
importa com elas; querem chamar de deus aquele ser que ama, conhece, aceita e
compreende incondicionalmente a maneira como elas são e se comportam, e que as
perdoa quando erram. Elas chamam deus a elas mesmas!!
[1] “Só
tu és Senhor, tu fizeste o céu, o céu dos céus e todo o seu exército, a terra e
tudo quanto nela há, os mares e tudo quanto há neles; e tu os preservas a todos
com vida, e o exército dos céus te adora”. In: Neemias 9:6.
[2] "Eu formo a luz e crio as trevas; faço a
paz e crio o mal; eu, o Senhor, faço todas estas coisas". In: Isaías
45:7