7 de agosto de 2023

ESCRITO BASEADO EM UM TEXTO CRÍTICO À JUVENTUDE ATUAL



AS TRISTES GERAÇÕES QUE SE ESTRESSAVAM E SE FRUSTRAVAM MAS NÃO SABIAM DISSO

Homens não lavavam suas cuecas, se casavam cedo para a mulher lavar enquanto se consumia sem direito a desejar nada além de ser "do lar". 
As pessoas não buscavam conhecimento porque ele geralmente estava além de suas posses. Também não buscavam espiritualidade, só a religião, porque era tudo que tinham.
Se encantavam com decorações natalinas, quando tinham acesso a isso, e com um ipê florido no meio da avenida ou na roça onde trabalhavam, se houvesse tempo para apreciar. 
A maioria das pessoas não reivindicavam direitos de expressão porque nem sabiam que podiam ter direitos. 
A maioria dos homens não tomavam nenhuma atitude a não ser, em muitos casos, descarregar suas frustrações e problemas espancando esposa e filhos.
Muitos consideravam obrigação seguir os passos dos pais, mesmo quando eles eram péssimos. Julgavam apenas os inferiores e não se atreviam a levantar os olhos para qualquer pessoa que estivesse um pouco acima na escala social.
Eram juízes duros e impiedosos para com os filhos, e principalmente as filhas! Condenavam as mulheres e as crianças a escolhas limitadas e obediência irrestrita. Repetiam muito a máxima de que "Criança não tem querer".
Não choravam pelo cachorro maltratado porque "homem não chora" e mulher "tem mais o que fazer", no tanque ou no fogão. 
Desejavam que o homem considerado inferior fosse esquartejado, escravizado ou morto em uma guerra insana "em nome da pátria".
As pessoas tinham uma compaixão duvidosa, porque ela excluía muita gente e sempre tinha em quem mandar.
Amorosidade dos homens era mínima, porque "mulher é inferior e criança mimada vira maricas, bandido ou puta".
Preciso disso! Tem que ser aquilo!” era coisa que criança que dissesse apanhava de cinta ou correia até quem batia cansar o braço. E haja insatisfação! Infelicidade. Descontentamento. Adoecimento. Depressão... tudo "engolido" e extravasado na violência. 
Algumas vezes, se a violência não bastava, restava o suicídio… de que não se falava porque "é pecado mortal", sem direito a enterro e com a certeza do inferno eterno.
Gerações estragadas. Conformadas. Presas em suas culpas e desculpas. Acomodadas em suas gaiolas de mentiras e tabus. 
Não postavam nada nas redes sociais porque não tinha computador, o único consolo era a confissão para o padre, que acreditavam ter o poder de banhá-los no mar curador; mas não tinha! 
Os jovens não limpavam o lixo na praia com os amigos porque tinham que trabalhar, mas arrumavam a própria cama, quando a tinham, porque se não fizessem apanhavam. 
Em casa, as crianças estampavam medo travestido de respeito, os meninos escondiam sofrimento porque não tinham o direito de chorar diante da dor… a dor de ter que crescer sem poder escolher outro caminho que não o traçado pelos pais… 
E ainda tinham que agradecer e "merecer"!”
Parem de idealizar um passado que nunca existiu!

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