Se eu gostasse de algum político da chamada "terceira via", ainda assim não votaria nele no primeiro turno. Votaria em qualquer um que tivesse mais chance de ir para o segundo turno contra a bozobostice e esqueceria gosto pessoal.
Se eu fosse alguém que odeia todos e se arrepia diante da ideia de escolher alguém que despreza, ainda assim eu engoliria a raiva como um remédio amargo e votaria em qualquer um que tivesse mais chance de ir para o segundo turno contra a bozobostice.
Nunca gostei da ideia de "escolher o menos pior", foi por isso parei de votar em 2003 e só voltei a votar em 2018.
Acontece que agora não é só uma questão de "votar em um para tirar outro" nem hora de "não voto em ninguém porque nenhum presta".
Agora é questão de fazer alguma coisa para que as pessoas continuem tendo o direito de escolher entre votar ou não votar, de falar, de se expressar, de criticar, de cobrar, de processar...
É questão de votar para tentar impedir que o terror tome o poder, mesmo sem garantia de conseguir.
Quem sabe pelo menos um pouco sobre ditadura deveria, a meu ver, fazer o que eu disse acima. É o que farei.
Para mim, a pessoa que opta por se omitir ou vota em uma "terceira via" porque prefere esse ou essa e se nega a votar em quem tiver mais chance de chegar ao segundo turno está usando a democracia para livremente correr o risco de perdê-la.
O mesmo que muita gente fez em 2018... infelizmente.
Mas é só minha opinião.
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