Embora
muita gente me critique quase sempre que o faço, não tenho nenhum problema em
dizer "Eu acho". É muito comum pessoas “ganharem” debates comigo
fazendo ironia, apontando minha ignorância e dizendo que não é possível debater
porque “só sei usar de achismos”. Fico me perguntando qual parte do que essa
pessoa está usando como argumento não é achismo.
São
poucas as coisas que posso verificar com meus parcos cinco sentidos. São poucas
as coisas que o ser humano pode afirmar com plena certeza, mesmo depois de
verificar com seus parcos cinco sentidos, e com a ajuda dos instrumentos que os
ampliam. Cientistas são bons em explicar a maravilha da dúvida e da incerteza!
Ainda
que tenha lido notícias, artigos e livros sobre provas dadas por cientistas que
verificaram, eu não verifiquei. Ainda que tenha lido notícias, artigos e livros
sobre os argumentos dados por pensadores que demonstraram, eu não demonstrei. E
principalmente, por mais profunda que tenha sido a minha pesquisa (ou a sua), será
que a seleção dos pensadores estudados, dos cientistas pesquisados, dos livros
lidos, não seria fundamentada “apenas” no meu “achismo”? Você já perguntou isso
sobre suas certezas? Quanto a mim, muitas vezes quase chego a concordar com
aqueles que dizem que não posso sequer saber se a verdade existe, mas aí eu
acho...
O
que estou dizendo é que não adianta vir com esse nariz empinado para o meu
lado. Sobre quase todos os assuntos, nada tenho a oferecer além do meu honesto
"Eu acho". E, se fossem honestos, os “vencedores” dos debates que tentam
me humilhar usando o argumento de que tudo que eu digo é achismo deveriam tentar
perceber o quanto há de achismo em seus próprios argumentos.
Então,
depois de pensar muito sobre muitas coisas (muitas mesmo!) concluí que euzinha
não posso saber a verdade sobre praticamente nada, mas posso (com certeza
posso!) pensar a respeito de vários assuntos e chegar às minhas conclusões. Você
pode criticar conclusões que tenham sido, como diz o Pirula, “tiradas da bunda”
e apresentadas como fato - vou concordar com você e apoiar sua crítica - mas não
se atreva a tirar de mim (ou de quem quer eu seja) o direito de “achar”!
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