Como um ser Todo Bondade
Permite a existência do mal?
Como um ser Onipotente
Não pode criar nada melhor
Do que seres vivos
Que só vivem de matar?
Como um ser Onisciente
Precisa testar as pessoas
Porque não sabe se são fiéis?
Por que um ser Todo Perfeição
Consequentemente completo
Precisa do amor
Da fidelidade e da adoração
Do animal humano?
Como um ser Justo
Permite o sofrimento de inocentes?
Como um ser Onipresente
Não se manifesta diante do mal?
Como se pode dizer
Que todo o mal do mundo
É culpa da humanidade
Se há tantos males
Que não têm nenhuma relação
Com o animal humano?
Como não ver que somos vítimas
Vetores e containers do mal
Raça imperfeita demais
Insignificante demais
Para que faça sentido
Dizer que somos responsáveis
Pela existência do mal
E ao mesmo tempo
A dileta criação
De um deus perfeito e bom?
Era adolescente, por vezes gritava com um agudo sorriso: Cadelo meu chinelo? Cadela minha blusa vermelha? Cadela minha caneta nova?... O tempo passou, os cabelos são de neve e a pele de pergaminho. Às vezes grita sem som e sem saudades: Cadela minha vida?
13 de junho de 2021
PODER
Dizer que deus não conhecia o mal
Ou aceitar
Que nó somos responsáveis pelo mal
Dizer que deus criou tudo perfeito
Mas nós deterioramos essa perfeição
É como dizer que deus não é onisciente
Porque não sabia
Que deterioraríamos sua criação perfeita
É dizer que deus não é onipotente
Pois além de não saber que faríamos
Não pôde nos impedir de fazer
Isso sugere
Contra toda a lógica
Que o animal humano
É mais poderoso do que deus
Ou aceitar
Que nó somos responsáveis pelo mal
Dizer que deus criou tudo perfeito
Mas nós deterioramos essa perfeição
É como dizer que deus não é onisciente
Porque não sabia
Que deterioraríamos sua criação perfeita
É dizer que deus não é onipotente
Pois além de não saber que faríamos
Não pôde nos impedir de fazer
Isso sugere
Contra toda a lógica
Que o animal humano
É mais poderoso do que deus
12 de junho de 2021
TROCA
Para a imensa maioria de nós
É impossível
Aceitar que somos animais
Finitos e efêmeros
Que depois dessa vida
Tudo o que nos espera
É o nada de onde viemos
Sobreviver à ideia
De que não somos importantes
E ninguém nos ama
Além das poucas pessoas
Para as quais
Temos alguma importância
E do nosso cão
(Se tivermos cão e sorte)
Imaginar que não existe
Nenhuma entidade transcendente
Que sequer tenha conhecimento
Da nossa insignificante existência
A sensação de abandono
Que essas ideias geram
Na maioria das pessoas
É tão forte
Que abrir mão da racionalidade
Em troca do agasalho
Que se acreditar especial significa
Acaba se tornando
Um preço baixo a pagar
É impossível
Aceitar que somos animais
Finitos e efêmeros
Que depois dessa vida
Tudo o que nos espera
É o nada de onde viemos
Sobreviver à ideia
De que não somos importantes
E ninguém nos ama
Além das poucas pessoas
Para as quais
Temos alguma importância
E do nosso cão
(Se tivermos cão e sorte)
Imaginar que não existe
Nenhuma entidade transcendente
Que sequer tenha conhecimento
Da nossa insignificante existência
A sensação de abandono
Que essas ideias geram
Na maioria das pessoas
É tão forte
Que abrir mão da racionalidade
Em troca do agasalho
Que se acreditar especial significa
Acaba se tornando
Um preço baixo a pagar
9 de junho de 2021
ESPORTE
Uma lembrança gostosa
Para trazer algo bonito
Quando a gente precisa tanto:
Meu filho quando pequeno
Inventou um esporte
A que ele mesmo deu nome:
ALPAINISMO
Ele "escalava" meu marido
Que tinha que ficar imóvel
Até que o filho explorador
Como vencedor de medalha
Se encarapitava sobre os ombros do pai
E sorria vitorioso
São fatos que viram saudades
Depois que a criança cresceu
E saiu do ninho
Para trazer algo bonito
Quando a gente precisa tanto:
Meu filho quando pequeno
Inventou um esporte
A que ele mesmo deu nome:
ALPAINISMO
Ele "escalava" meu marido
Que tinha que ficar imóvel
Até que o filho explorador
Como vencedor de medalha
Se encarapitava sobre os ombros do pai
E sorria vitorioso
São fatos que viram saudades
Depois que a criança cresceu
E saiu do ninho
6 de junho de 2021
APENAS
Deus é uma invencionice bem rasteira
O mal acontece
Porque vivemos em um mundo natural
E deuses não existem
Não somos a causa
Nem a razão do mal
Somos apenas um animal
Dentre muitos animais
Que existem nesse planetinha
Insignificante
A única diferença
Entre nós e os outros animais
É que somos prepotentes
E nos achamos superiores
A todos os outros animais
Nada além disso
O mal acontece
Porque vivemos em um mundo natural
E deuses não existem
Não somos a causa
Nem a razão do mal
Somos apenas um animal
Dentre muitos animais
Que existem nesse planetinha
Insignificante
A única diferença
Entre nós e os outros animais
É que somos prepotentes
E nos achamos superiores
A todos os outros animais
Nada além disso
5 de junho de 2021
A MORTE E O MEDO
Meu único medo
Com relação à morte
É de sentir muita dor
Antes dela
Da morte mesmo
Não só não tenho medo
Como tenho até
Um certo desejo por ela
Não a ponto de apressá-la
É como esperar o dia da formatura
Depois de entrar na faculdade
A gente está amando o curso
Mas o fim dele
É um futuro desejado
E será muito bem vindo
Sem que a gente deseje
Que ele venha
Antes do necessário
Com relação à morte
É de sentir muita dor
Antes dela
Da morte mesmo
Não só não tenho medo
Como tenho até
Um certo desejo por ela
Não a ponto de apressá-la
É como esperar o dia da formatura
Depois de entrar na faculdade
A gente está amando o curso
Mas o fim dele
É um futuro desejado
E será muito bem vindo
Sem que a gente deseje
Que ele venha
Antes do necessário
AMOR E OBEDIÊNCIA
Nunca exigiria amor do meu filho
Desejei ser amada sim
Porque sou humana e tenho falhas
Mas nunca vi o amor por mim
Nem a obediência irrestrita
Como obrigação do meu filho
Quando decidi assumir a gravidez
EU assumi obrigações para com ele
Ele nunca escolheu existir
Nunca teve obrigação nenhuma
Meu filho não me deve nada
A dívida sempre foi de mim para ele
Não dele para mim
Porque a decisão foi minha
Não dele!
Desejei ser amada sim
Porque sou humana e tenho falhas
Mas nunca vi o amor por mim
Nem a obediência irrestrita
Como obrigação do meu filho
Quando decidi assumir a gravidez
EU assumi obrigações para com ele
Ele nunca escolheu existir
Nunca teve obrigação nenhuma
Meu filho não me deve nada
A dívida sempre foi de mim para ele
Não dele para mim
Porque a decisão foi minha
Não dele!
27 de maio de 2021
SOBRE AS GUERRAS
Bem, eu não entendo nada dessas guerras porque quanto mais me explicam mais confuso parece. Como não gosto de generalizar nem de defender assassinatos e como já ando deprê demais com as merdas que estão rolando aqui, fico calada e sem conseguir tomar posição que não seja contra os dois lados e mais os lados (países) que escolhem ajudar um dos dois lados para faturar uma grana enquanto posam de bonzinhos.
Vejo mães chorando com o cadáver criança no colo e vejo crianças chorando feridas e mutiladas...
Leio Guerra e Paz e me arrepio, vejo cenas da Primeira Guerra e desmonto...
Leio O menino do pijama listado e choro, vejo um programa sobre guerras em África ou sobre o genocídio armênio e meu coração "pula" alguns tuns...
Vejo cenas de brigas com armas de fogo contra pedras e me dá arrepios, aí vejo a série Califado na Netflix e saio tremendo...
Quando penso nisso tudo, chego a sentir raiva e "botar a culpa" até nas pessoas cristãs que vêm defender a existência de um deus de bondade que teria criado esse mundo e tentar me convencer de que má, intolerante e burra sou eu, que digo que odiaria o deus delas caso esse deus existisse.
É complicado, e a gente fica meio insana quando exposta a tanto absurdo ao mesmo tempo, acho.
Vejo cenas de brigas com armas de fogo contra pedras e me dá arrepios, aí vejo a série Califado na Netflix e saio tremendo...
Quando penso nisso tudo, chego a sentir raiva e "botar a culpa" até nas pessoas cristãs que vêm defender a existência de um deus de bondade que teria criado esse mundo e tentar me convencer de que má, intolerante e burra sou eu, que digo que odiaria o deus delas caso esse deus existisse.
É complicado, e a gente fica meio insana quando exposta a tanto absurdo ao mesmo tempo, acho.
23 de maio de 2021
QUANDO VI JESUS
Quando criança eu não tive uma experiência com Jesus!
Embora tenha acreditado nisso durante muito tempo
O que aconteceu foi que eu estava me sentindo mal
Provavelmente tinha comido alguma coisa que não bateu bem
Minha mãe me deu um chá amargo
Me deixou deitar na cama dela
Bem na minha frente tinha um quadro
Com aquela imagem do Jesus europeizado
Loiro de olhos azuis
Com um ramo de um tipo de mato na mão
Então eu dormi e sonhei
O Jesus do quadro me benzia com aquele ramo
Do jeitinho que a Dona Dilina benzia a gente
Com um ramo de arruda
Enquanto eu dormia e sonhava
O remédio fez efeito e acordei bem
Coloquei no meu sonho o europeu do quadro
O jeito de benzer da Dona Dilina
Que era um “método de cura” que conhecia
Eu era uma criança
Acreditava no que minha mãe dizia
Já tinha sido benzida
Visto a Dona Dilina benzer meus irmãos
Daquele jeito
E lembro que a expressão “Jesus vai te curar!”
Era muito usada pela minha mãe
É tão simples!
Eu só coloquei a afirmação da minha mãe no sonho
Usando os elementos que tinha
Navalha de Occan!
Embora tenha acreditado nisso durante muito tempo
O que aconteceu foi que eu estava me sentindo mal
Provavelmente tinha comido alguma coisa que não bateu bem
Minha mãe me deu um chá amargo
Me deixou deitar na cama dela
Bem na minha frente tinha um quadro
Com aquela imagem do Jesus europeizado
Loiro de olhos azuis
Com um ramo de um tipo de mato na mão
Então eu dormi e sonhei
O Jesus do quadro me benzia com aquele ramo
Do jeitinho que a Dona Dilina benzia a gente
Com um ramo de arruda
Enquanto eu dormia e sonhava
O remédio fez efeito e acordei bem
Coloquei no meu sonho o europeu do quadro
O jeito de benzer da Dona Dilina
Que era um “método de cura” que conhecia
Eu era uma criança
Acreditava no que minha mãe dizia
Já tinha sido benzida
Visto a Dona Dilina benzer meus irmãos
Daquele jeito
E lembro que a expressão “Jesus vai te curar!”
Era muito usada pela minha mãe
É tão simples!
Eu só coloquei a afirmação da minha mãe no sonho
Usando os elementos que tinha
Navalha de Occan!
20 de maio de 2021
PEDIDO ÀS PESSOAS RELIGIOSAS
Por favor
Pare de dizer que ateísmo é crença!
Se você tomar a palavra "crença" e seus significados
Verá que sim
Ela pode ser usada fora da questão religiosa
As pessoas creem que o sol vai nascer amanhã
As pessoas tiram extrato no banco
E creem que o dinheiro delas está lá
As pessoas creem que existiram pessoas
Que foram pais dos pais dos seus avós
Embora a maioria não tenha conhecido essas pessoas
Veja que
Se analisar a maneira com que usamos a palavra
Ela tem quase sempre
Sentido afirmativo e não negativo
De ninguém que nega alguma crença
Se diz que ela crê
A expressão "Não acredito!"
É corriqueira na linguagem do dia a dia
Da criança que cresceu
Não se diz que passou a acreditar
Que Papai Noel não existe
Diz-se que ela deixou de acreditar em Papai Noel
Por que com o ateísmo tem que ser diferente?
Quando o tema é religião
O verbo "crer" se torna sinônimo de ter fé
Portanto
Ele deixa de ser válido para pessoas ateias
Porque as pessoas ateias não têm fé
Fé é crer sem provas
Pessoas ateias acreditariam
Se existisse alguma prova ou evidência
Não teriam fé
Apenas acreditariam
Então
Faça um favor enorme para qualquer conversa
Demonstre respeito pelas pessoas
PARE de dizer que pessoas ateias creem!
Pense que esse é o correto a pensar
Quando se está falando em religião e deus:
NEGAÇÃO DE CRENÇA NÃO É CRENÇA!
Pare de dizer que ateísmo é crença!
Se você tomar a palavra "crença" e seus significados
Verá que sim
Ela pode ser usada fora da questão religiosa
As pessoas creem que o sol vai nascer amanhã
As pessoas tiram extrato no banco
E creem que o dinheiro delas está lá
As pessoas creem que existiram pessoas
Que foram pais dos pais dos seus avós
Embora a maioria não tenha conhecido essas pessoas
Veja que
Se analisar a maneira com que usamos a palavra
Ela tem quase sempre
Sentido afirmativo e não negativo
De ninguém que nega alguma crença
Se diz que ela crê
A expressão "Não acredito!"
É corriqueira na linguagem do dia a dia
Da criança que cresceu
Não se diz que passou a acreditar
Que Papai Noel não existe
Diz-se que ela deixou de acreditar em Papai Noel
Por que com o ateísmo tem que ser diferente?
Quando o tema é religião
O verbo "crer" se torna sinônimo de ter fé
Portanto
Ele deixa de ser válido para pessoas ateias
Porque as pessoas ateias não têm fé
Fé é crer sem provas
Pessoas ateias acreditariam
Se existisse alguma prova ou evidência
Não teriam fé
Apenas acreditariam
Então
Faça um favor enorme para qualquer conversa
Demonstre respeito pelas pessoas
PARE de dizer que pessoas ateias creem!
Pense que esse é o correto a pensar
Quando se está falando em religião e deus:
NEGAÇÃO DE CRENÇA NÃO É CRENÇA!
16 de maio de 2021
JESUS PRA MIM
Passei a infância ouvindo minha mãe contar que só eu da família tenho Jesus no meu nome porque Jesus é meu padrinho de representação.
E ela contava suas histórias e falava do quanto Jesus é maravilhoso e de como e por que ela o escolheu como meu padrinho.
Eu ficava deslumbrada com aquele padrinho tão especial que estava no meu nome, cheguei a vê-lo uma vez e ele "me curou" quando eu estava doente porque apareceu no meu sonho, me benzeu e brincou comigo.
Mas quando, aos 14 anos, fui ler a bíblia para conhecer melhor e ver mais ainda do quanto meu padrinho é especial, fiquei MUITO decepcionada.
Jesus trata mal a própria mãe!
Esse foi o fato que mais me chocou e que me levou a reparar nos outros e a deixar de considerar Jesus como meu padrinho e, principalmente, de me sentir especial por isso.
Demorei muitos anos para me descobrir atéia, anos nos quais li muitos livros, pensei muito, conversei com muita gente e li a bíblia mais uma vez, aos 30.
Mas bastou uma leitura para descartar a bíblia como livro sagrado, o deus que aparece nela como existente e Jesus como uma pessoa melhor do que todas as outras.
E ela contava suas histórias e falava do quanto Jesus é maravilhoso e de como e por que ela o escolheu como meu padrinho.
Eu ficava deslumbrada com aquele padrinho tão especial que estava no meu nome, cheguei a vê-lo uma vez e ele "me curou" quando eu estava doente porque apareceu no meu sonho, me benzeu e brincou comigo.
Mas quando, aos 14 anos, fui ler a bíblia para conhecer melhor e ver mais ainda do quanto meu padrinho é especial, fiquei MUITO decepcionada.
Jesus trata mal a própria mãe!
Esse foi o fato que mais me chocou e que me levou a reparar nos outros e a deixar de considerar Jesus como meu padrinho e, principalmente, de me sentir especial por isso.
Demorei muitos anos para me descobrir atéia, anos nos quais li muitos livros, pensei muito, conversei com muita gente e li a bíblia mais uma vez, aos 30.
Mas bastou uma leitura para descartar a bíblia como livro sagrado, o deus que aparece nela como existente e Jesus como uma pessoa melhor do que todas as outras.
13 de maio de 2021
EMPREENDEDORISMO
Compartilharam (de Lucas Mendes) em um grupo do Face a postagem de um texto que diz:
“Por favor, não romantizem a miséria. Uma mãe que vende bolo de pote de porta em porta não é uma “empreendedora” ou uma “guerreira”, ela é uma pessoa desesperada que pode estar passando fome em casa. Pode apostar que ela preferiria um emprego estável e com garantias.”
Eu curti o texto porque li “bolo de pote” e “uma mãe” como exemplos, entre muitos outros que poderiam ter sido colocados no texto, de pessoas e atividades que estamos acostumadas a ver na internet e na grande mídia sendo tratados como empreendedorismo quando na verdade não passam das opções (desesperadas sim!) que restaram a muitas pessoas, para sobreviver nessa crise de desemprego e perda de direitos que estamos vivendo.
Mas, em seguida, li nos comentários muita gente discordando e criticando o texto com o argumento de que nem toda mulher que vende bolo de pote está desesperada e tem algumas que estão mais satisfeitas assim do que no trabalho regular que tinham antes. Outras pessoas defendem que as mulheres que vendem bolo de pote são empreendedoras sim porque não se deixaram abater e foram à luta.
Enquanto lia os comentários, lembrei de ter visto mais de uma vez, na internet e em jornais e programas de televisão, casos de mulheres que começaram a vender coisas que fabricavam em casa (bolo de pote, outros tipos de doces, refeições, artesanato, etc.) e acabaram se tornando empresárias de sucesso e até gerando empregos.
Mas sou obrigada a concordar com os argumentos porque me dei conta de que li o que não estava escrito, apenas subentendido, pelo menos para mim.
Então sim! É verdade que nem todas as mães que vendem bolo de pote estão desesperadas ou passando fome!
Acontece que se existissem empregos, condições de trabalho melhores, salários decentes, direitos e justiça trabalhistas adequados, apenas as pessoas (não só mulheres) que escolhessem e quisessem venderiam bolo de pote.
Ninguém faria “empreendedorismo” por necessidade, e consequentemente, a concorrência para as pessoas empreendedoras de verdade seria bem menor.
Então, a meu ver, o errado NÃO é ter mães vendendo bolo de pote, o errado é ter advogadas que têm verdadeira vocação pelo direito (é só um exemplo entre muitos) que vendem bolo de pote porque não conseguem sobreviver na profissão que amam.
“Por favor, não romantizem a miséria. Uma mãe que vende bolo de pote de porta em porta não é uma “empreendedora” ou uma “guerreira”, ela é uma pessoa desesperada que pode estar passando fome em casa. Pode apostar que ela preferiria um emprego estável e com garantias.”
Eu curti o texto porque li “bolo de pote” e “uma mãe” como exemplos, entre muitos outros que poderiam ter sido colocados no texto, de pessoas e atividades que estamos acostumadas a ver na internet e na grande mídia sendo tratados como empreendedorismo quando na verdade não passam das opções (desesperadas sim!) que restaram a muitas pessoas, para sobreviver nessa crise de desemprego e perda de direitos que estamos vivendo.
Mas, em seguida, li nos comentários muita gente discordando e criticando o texto com o argumento de que nem toda mulher que vende bolo de pote está desesperada e tem algumas que estão mais satisfeitas assim do que no trabalho regular que tinham antes. Outras pessoas defendem que as mulheres que vendem bolo de pote são empreendedoras sim porque não se deixaram abater e foram à luta.
Enquanto lia os comentários, lembrei de ter visto mais de uma vez, na internet e em jornais e programas de televisão, casos de mulheres que começaram a vender coisas que fabricavam em casa (bolo de pote, outros tipos de doces, refeições, artesanato, etc.) e acabaram se tornando empresárias de sucesso e até gerando empregos.
Mas sou obrigada a concordar com os argumentos porque me dei conta de que li o que não estava escrito, apenas subentendido, pelo menos para mim.
Então sim! É verdade que nem todas as mães que vendem bolo de pote estão desesperadas ou passando fome!
Acontece que se existissem empregos, condições de trabalho melhores, salários decentes, direitos e justiça trabalhistas adequados, apenas as pessoas (não só mulheres) que escolhessem e quisessem venderiam bolo de pote.
Ninguém faria “empreendedorismo” por necessidade, e consequentemente, a concorrência para as pessoas empreendedoras de verdade seria bem menor.
Então, a meu ver, o errado NÃO é ter mães vendendo bolo de pote, o errado é ter advogadas que têm verdadeira vocação pelo direito (é só um exemplo entre muitos) que vendem bolo de pote porque não conseguem sobreviver na profissão que amam.
24 de abril de 2021
POR QUE ESSA FOTO?
Muitas pessoas já me perguntaram o que significa essa foto que uso no meu perfil do Face book, respondi mais ou menos resumidamente algumas vezes, mas acho que essa resposta ficou mais completa:
Eu não sei. Foi só uma foto que encontrei na internet faz bastante tempo, gostei muito dela e a uso há uns bons anos.
Para mim ela remete a muitas coisas, desde o inferno bíblico, que me lembra o ser humano capaz de criar tal horror, até a efemeridade da vida e como o ser humano, ao contrário do que a maioria pensa de si mesma, não passa de mais um ser insignificante em uma rocha insignificante girando em torno de uma estrela insignificante na periferia de uma entre milhões de galáxias de um universo cuja grandeza não temos sequer capacidade de compreender.
Não faço ideia do que quem criou a foto tentou passar, mas, para mim, ela é uma lição de humildade, uma mostra de que todos nós em breve seremos cadáveres pelados habitando o nada...
E a foto é bonita pra caramba!
Para mim ela remete a muitas coisas, desde o inferno bíblico, que me lembra o ser humano capaz de criar tal horror, até a efemeridade da vida e como o ser humano, ao contrário do que a maioria pensa de si mesma, não passa de mais um ser insignificante em uma rocha insignificante girando em torno de uma estrela insignificante na periferia de uma entre milhões de galáxias de um universo cuja grandeza não temos sequer capacidade de compreender.
Não faço ideia do que quem criou a foto tentou passar, mas, para mim, ela é uma lição de humildade, uma mostra de que todos nós em breve seremos cadáveres pelados habitando o nada...
E a foto é bonita pra caramba!
11 de abril de 2021
DILEMAS ÉTICOS E SOLUÇÕES
Quando voltei para casa depois da noite em que tinha conhecido o cara que viria a ser meu marido, eu carregava comigo um dilema ético.
Aquele cara, cuja primeira visão tinha me causado um quase desfalecimento absolutamente inexplicável e com quem eu tinha acabado de passar a noite inteira conversando sobre mil assuntos sem um toque mais íntimo do que o aperto de mão das apresentações tinha o mesmo nome do meu pai!
E eu disse para mim mesma:
Aquele cara, cuja primeira visão tinha me causado um quase desfalecimento absolutamente inexplicável e com quem eu tinha acabado de passar a noite inteira conversando sobre mil assuntos sem um toque mais íntimo do que o aperto de mão das apresentações tinha o mesmo nome do meu pai!
E eu disse para mim mesma:
“Como vou namorar um cara que tem o nome do meu pai? Incesto é crime!”
Diante desse problema sério, e sabendo de que eu, com toda certeza, daria pra ele no próximo encontro, tomei a decisão que definiria meu futuro:
Diante desse problema sério, e sabendo de que eu, com toda certeza, daria pra ele no próximo encontro, tomei a decisão que definiria meu futuro:
Dei outro nome para ele!
Nos nossos mais de 40 anos juntos, nunca chamei meu marido pelo nome!
- Acho que com resultados menos felizes e de formas difíceis de narrar em um texto tão leve, muitas pessoas encontram essa mesma solução para seus dilemas éticos. Os mais terríveis deles muitas vezes, para meros mortais como eu, nem dilemas éticos são, como por exemplo escolher entre salvar ou não salvar o maior número possível de pessoas em uma pandemia.
Nos nossos mais de 40 anos juntos, nunca chamei meu marido pelo nome!
- Acho que com resultados menos felizes e de formas difíceis de narrar em um texto tão leve, muitas pessoas encontram essa mesma solução para seus dilemas éticos. Os mais terríveis deles muitas vezes, para meros mortais como eu, nem dilemas éticos são, como por exemplo escolher entre salvar ou não salvar o maior número possível de pessoas em uma pandemia.
1 de abril de 2021
SEMELHANÇAS SEMELHANTES
A pior coisa do Hitler é que ele acreditava nas aberrações que dizia. O bozobosta tem isso também em comum com o Hitler, e os bozominion têm isso em comum com os alemães que o ajudaram: eles também acreditam nas aberrações que o bozobosta diz e aprovam as aberrações que o bozobosta faz.
E pra piorar, tanto na Alemanha nazista quanto aqui e agora, tem os oportunistas que nem acreditam nem se importam, querem mesmo é se aproveitar da situação para benefício próprio.
Tenho certeza ainda de que nos campos de extermínio “trabalharam” muitos psicopatas sádicos que nem tinham nada contra os presos, apenas aproveitaram a chance para dar vazão aos seus prazeres doentios, e acho que aqui tem deles querendo fazer o mesmo...
Assim como acontece em todas as situações de conflitos, guerras, repressões por religião, ideologia ou seja o que for, quem se sai bem e aproveita mesmo são os oportunistas e os sádicos e psicopatas...
Os inquisidores mais eficientes da Idade Média eram assim, tenho certeza.
Existirem pessoas como Hitler e o bozobosta, os apoiadores, os oportunistas e os sádicos psicopatas é algo que reforça muito meu ateísmo.
Para mim, eles são provas
vivas de que deus não existe.
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