Era adolescente, por vezes gritava com um agudo sorriso: Cadelo meu chinelo? Cadela minha blusa vermelha? Cadela minha caneta nova?...
O tempo passou, os cabelos são de neve e a pele de pergaminho. Às vezes grita sem som e sem saudades: Cadela minha vida?
25 de setembro de 2020
DEUS
Depois dos horrores Que se pode ver Enganam-se Esquecendo a razão Um ser abominável É visto como bom Só mesmo querendo Se pode deixar enganar!
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