5 de novembro de 2020

O SER HUMANO É NATURALMENTE MAU

Os parâmetros de bem que construímos não batem com nosso comportamento nato.
Então, podemos dizer que somos maus por natureza.
Estipulamos matar como um mal e esse parâmetro é tão contrário à nossa natureza que criamos também várias justificativas para burlá-lo.
O ser humano, como raça, pode ser dito mau em sua natureza porque determinados comportamentos natos ele mesmo nomeou como mal.
Se a gente chama a busca pelo parceiro de instinto, não podemos dizer que um determinado artifício dessa busca pelo parceiro não é instinto, e o mesmo vale, como paralelo, para a questão do mal.
A maioria das sociedades humanas nomeou matar como mal, mas a maioria das sociedades cria justificativas para matar.
Desde a indiferença pelos que morrerão graças a seus atos até provocar ativamente a morte do outro.
Isso acontece por causa do instinto de grupo, o instinto de grupo é também o instinto de pertencimento e o instinto de pertencimento é também o instinto de aversão, medo e ódio pelo outro.
Ou seja, o animal humano, naturalmente, divide toda a vida do planeta em "nós e eles" e o "eles" e entre “eu” e o “outro”.
E o “eles” e o “outro” é aquele que não tem valor, aquele que deve ou pode ser usado ou eliminado.
Então sim, matar é definido como um mal, mas a natureza humana é ser assassino do outro.
Sem falar em subjugar, usar, permitir que tortura e morte aconteçam sem agir para evitar.
Daí e por isso, podemos sim dizer que o ser humano é naturalmente mal.

3 comentários:

Pedro Mundim disse...

O ser humano é naturalmente mau - alguém já viu um bebê ceder voluntariamente sua mamadeira a outro?

É claro, "mau" no sentido de que nasce provido apenas dos instintos animais de sobrevivência. São as mediações necessárias à vida em sociedade que o tornam "bom". Se essas mediações falham, ele continua mau. Por exemplo, se o menor comete um crime e não é punido, ele cometerá em seguida outro crime pior e se tornará um adulto criminoso.

Divina disse...

Concordo em partes. O jovem deve ser educado ANTES de cometer crimes e PARA não cometer crimes. Acho que educação é MUITO mais eficiente do que punição. E, de preferência, educação de qualidade.

Pedro Mundim disse...

Não é bem assim. Antigamente boa parte da população nunca havia entrado em uma escola, e havia muito menos crime. Ninguém precisa ir à escola para saber que não se deve roubar e matar. É a educação EM CASA que ensina isso, e não a da escola. Educação de qualidade é para quem quer ser arquiteto, advogado, médico especialista, professor. Ninguém precisa de educação de qualidade para saber que não pode cometer crimes.

O que ocorre é que muito jovens hoje em dia vivem em periferias onde todo o dia veem colegas entrando para o crime e se dando bem, ganhando dinheiro, tendo as meninas mais gostosas da comunidade, sendo respeitados e temidos pelos outros, se são presos (apreendidos) poucos dias depois são soltos. O que é possível concluir dessa observação, senão que COMPENSA SER CRIMINOSO? No artigo que escrevi na minha página sobre o estupro coletivo das quatro meninas de Castelo do Piauí, citei o caso de Cleisson, um dos estupradores. O promotor queria inocentá-lo e mandá-lo para a escola. Ele respondeu na cara do juiz: QUERO MESMO É SER BANDIDO.

A solução para evitar que os jovens continuem entrando para o crime é aumentar as penalidades, para que deixe de existir a vantagem comparativa que faz o crime ser compensador.