No meio da noite acordei com um soco bem dado, era ele se debatendo em um pesadelo.
Chacoalhei-o
até acordar e quando ele percebeu o que tinha acontecido ficou terrivelmente
chocado, pedindo mil perdões e se recriminando de forma tão dura que fiquei até
penalizada.
Afinal ele tinha acabado
de sair de um pesadelo e já tive pesadelos vezes suficientes para saber o
quanto eles podem ser ruins e o quanto a gente não tem controle sobre o que faz
nessas circunstâncias.
Disse
isso a ele, mas não adiantou muito porque ele não parava de repetir “Não,
isso não pode acontecer, eu não tenho direito de fazer uma coisa horrível
dessas!”.
Ele
já teve sonhos bem agitados, mais de uma vez chegou a cair da cama, mas nunca
mais chegou ao ponto de transformar seus debateres do sonho em agressão involuntária.
Acho que de alguma
forma a mente dele sabe onde estou mesmo dentro do pesadelo mais intenso.
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