Estão todos aqui
Entre nós
Com seus corpinhos frágeis
Sua total desproteção
Suas pequenas carinhas
Feias ou bonitas
Loiros ou morenos
Os anjos da terra
E seus olhinhos de abandono
Jogados em depósitos
Chamados orfanatos
Eles são denominados crianças
Crianças carentes
Pedem com lágrimas
E gritinhos lindos
Um pouquinho de amor
Mas nós somos carentes
Não sabemos ver no límpido espelho
Daqueles olhinhos
Nossas pobres e podres almas
Os anjos nos estendem
Suas mãozinhas
E nós os abandonamos
Só porque nossa imaginação pobre
Os fez loiros, saudáveis
Brancos, alados
E bem longe (lá no céu)
Da nossa responsabilidade.
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