Era adolescente, por vezes gritava com um agudo sorriso: Cadelo meu chinelo? Cadela minha blusa vermelha? Cadela minha caneta nova?...
O tempo passou, os cabelos são de neve e a pele de pergaminho. Às vezes grita sem som e sem saudades: Cadela minha vida?
28 de junho de 2020
VERMELHO VIVO
Cortem
fundo na minha carne
Para que
eu possa sangrar Que a dor
me anestesie Que de
meu sangue me cubra Da vergonha
de estar viva
Nenhum comentário:
Postar um comentário