Minha
terra tem algumas palmeiras,
Mas não
tem mais sabiá;
As aves
que aqui gorjeiam,
Estão nas
gaiolas a penar.
Nosso céu
ainda tem estrelas,
Mas
nossas várzeas não têm mais flores,
Nossas
flores foram arrancadas,
Nossa
vida é cheia de horrores.
De sair,
sozinho, à noite,
Muito
medo encontro eu lá;
Minha
terra tem poucas palmeiras,
E não tem
mais sabiá.
Minha
terra tem horrores,
Que tais
não encontro eu cá;
De sair –
sozinho, à noite –
Muito
medo encontro eu lá;
Minha
terra tem poucas palmeiras,
E não tem
mais sabiá.
Não
permita Deus que eu morra
Sem ver
melhoras por lá;
Sem que
se acabem os horrores
Que não
encontro por cá;
Sem que
volte a ter palmeiras,
E que
tenha sabiá.
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