9 de julho de 2020

DESCONHECIDO

No sol amarelo do deserto a chuva
Caía ruidosa e abundante
Na selva verde densa barulhante
O sol implacável do deserto ardia
Dia de contrários, dia de loucura
O verão tropical sob o lençol de neve
E nos polos (nos dois!) o sol a cegar
Derretendo calotas expondo ossadas
É o planeta que se acomoda sem saber
Que vidas morrem e voltam ao nada
Com seus movimentos de tédio penoso
Seus espirros de raios ao vazio
E seus suspiros de nunca morrer

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