Era adolescente, por vezes gritava com um agudo sorriso: Cadelo meu chinelo? Cadela minha blusa vermelha? Cadela minha caneta nova?...
O tempo passou, os cabelos são de neve e a pele de pergaminho. Às vezes grita sem som e sem saudades: Cadela minha vida?
2 de julho de 2020
ROTINA
Por dia,
por hora, por nós Os nós
desfeitos A vida
rarefeita Nos
turnos noturnos De pés
arrastados Os olhos
lavados O peito
contrito Os sonhos
aflitos Sempre
buscando Por mais Ou por
menos Dor ou
prazer.
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