19 de junho de 2020

A CRIAÇÃO DA VIDA NA VISÃO TEÍSTA


Então vamos revisar: Seguindo fielmente o que dizem, inspirada pelas coisas todas que os que creem em deus dizem e pelas coisas todas que todo mundo vê à sua volta, a linha de raciocínio é essa: No começo não havia nada, e quando digo nada é nada mesmo! Não havia as leis da natureza porque não havia natureza, não havia as leis da física porque não havia física, não havia as regras da existência, o instinto de sobrevivência, a possibilidade de superpopulação de insetos ou de pessoas, não havia absolutamente NADA! Exceto deus. Esse havia e ninguém diz como, nem onde, nem a partir de quando ou de que forma surgiu; alguns dizem que ele mesmo se criou, alguns dizem que sequer surgiu, que sempre esteve, que sempre foi. Assim eles mostram que na verdade não havia “o nada”, eles mostram que na verdade deus não criou a partir do nada, se o nada é total ausência e se havia uma presença, se havia algo, chamado deus, então, é claro, não havia “o nada”. Mas, não vendo o contrassenso, eles insistem e afirmam que era o NADA, que havia o nada onde (que onde?) apenas havia deus, mais nada!

Bem, seguindo a “verdade” que a religião ensina temos que deus - o único que havia e que não impedia que o nada houvesse - é onipotente. Se é onipotente significa que ele pode tudo! TUDO, o contrário de nada! Tudo e tudo mesmo! Ou seja, ele não está preso às leis da física, da natureza, da sobrevivência, ou a quaisquer outras leis, afinal, ele criou a física, a natureza, a sobrevivência, etc, etc, etc ad infinitum! Não havia nada, portanto, não havia obstáculos, limites, regras, prazos. Só havia deus e deus é onipotente, não esqueça disso: Deus é onipotente! Que limite, que regra pode haver para um ser onipotente que resolveu criar algo? Lembre-se: Estou apenas raciocinando em cima do que dizem os teístas quando explicam a Criação, por mais que, depois, esses mesmos teístas venham dizer que deus não criou assim ou assado, que deus não age assim ou assado porque alguma lei da natureza, que eles citam, seria quebrada. Mas acho que essa teria que ser outra conversa, sobre dar “nós no cérebro” com o intuito de explicar o inexplicável e justificar o injustificável. Deixemos para lá por enquanto.

E assim, com todo esse poder e sem nenhuma limitação ou obstáculo, deus vai e cria algo, cria por decisão própria, porque não havia mais ninguém para opinar ou interferir e porque é preciso decidir fazer alguma coisa antes de fazê-la, certo? Para justificar essa minha afirmação diante do teísta posso usar até mesmo seu próprio livro sagrado: Está lá, na bíblia, que deus, antes de mandar o dilúvio, decidiu mandar o dilúvio, portanto, não vejo como ser mais clara e não vejo como esse fato possa ser contestado por um teísta: Deus seguiu certamente essa sequência, primeiro pensou, planejou, arquitetou, decidiu criar o mundo, só depois criou o mundo. Não sabemos como porque somos limitados e ignorantes, mas o “fato” é que deus criou o mundo depois de decidir criá-lo, e a prova disso é que aqui estamos, nós e o mundo, esse mundo que os teístas apontam como prova “inequívoca” da “verdade” dessa criação. Deus criou o mundo e a existência do mundo prova que deus criou o mundo. Qualquer outro argumento é descartado sob pena de heresia e pecado que leva ao inferno.

Então, ainda seguindo à risca o que dizem os teístas, deus criou porque é onipotente, porque quis criar e porque era o único que existia, criou sem ninguém mandar, criou a partir do nada mais absoluto, criou porque quis e o que quis e do jeito que quis, ou será que é possível que seja diferente? Será que algum teísta pode dizer que deus criou mas não foi bem do jeito que quis, que deus criou mas não foi bem planejado e por isso algumas coisas deram erradas e o geral não saiu como ele queria, deus criou mas tinha uma limitação “cerebral” e uma certa dificuldade de planejamento e, por isso, acabou fazendo caca. Será que algum teísta pode mesmo afirmar algo assim? Pode! Mas aí chega naquela parte do “nó no cérebro” de que falei ali em cima. Deixemos para lá.

Continuando na parte da Criação, temos então que deus criou o mundo depois de decidir, planejar e escolher. E o que é que ele escolheu para criar mesmo podendo criar qualquer outra coisa ou qualquer coisa diferente? (onipotência, lembra?) Sim, não nos esqueçamos nunca disso: Deus é onipotente e, portanto poderia criar absolutamente qualquer coisa diferente do que criou, qualquer mundo diferente do que criou (sem limite, lembra?). Ele escolheu criar uma natureza exuberante, linda, colorida e perfumada sim, mas escolheu que essa natureza fosse regida por diversas leis, leis que não existiam antes dele e que ele também criou do nada, leis que muitas vezes fazem seres míseros e insignificantes como eu, sem poder e sem conhecimento nenhum, terem engulhos e se arrepiarem de horror. E esse é um deus todo bondade!

Deus criou a vida! Ah, que linda que é a vida! Peraí! É linda mesmo? Comparada com o quê? Dá pra tentar fazer um exercício de imaginação e pensar em outro tipo, ou outros tipos de vida que poderiam existir e que fossem radicalmente diferentes das vidas que existem? Todos, todos nós mesmo, certamente preferiríamos, se pudéssemos escolher, uma vida que não tivesse doenças, que não tivesse velhice, que não tivesse violência, que não tivesse assassinatos. Todos nós, seres humanos, se pudéssemos escolher um outro tipo de vida, a não ser que sejamos sádicos ou egoístas demais para isso, preferiríamos uma vida na qual as pessoas (no mínimo as pessoas!) não sofressem tanto. Mas o deus onipotente não foi capaz de planejar nada diferente do que fez? Como não?

Raciocinando a partir do que me dizem os teístas deus, esse deus que é tão poderoso e tão bom como os teístas dizem e não se cansam de dizer, justamente por ser tão poderoso poderia, antes de criar o mundo, escolher, e escolhendo poderia ter criado uma vida sem tantos horrores, sem tantas dores, sem tanto sofrimento, sem tantas mortes; ele poderia fazer isso com toda a certeza porque é onipotente, mas não o fez. Pensando nisso procuro a bondade secreta, seguramente muito bem escondida dentro dessa escolha, mas não consigo encontrar. E não consigo entender os tais “nós no cérebro” que os teístas dão na tentativa frustrada e frustrante de “desenhar” como realidade um deus onipotente e bom que escolheu criar e criou o mundo em que vivemos.

Pensando e pensando muito podemos ver que embora muitos artistas, principalmente na literatura e no cinema, tenham tentado criar mundos e vidas diferentes, talvez não esteja a nosso alcance imaginar tanto; afinal, as tentativas desses artistas, se a gente for olhar de perto e com bastante atenção, não ficaram tão diferentes assim da realidade; todos os outros mundos criados têm conflitos, todos têm guerras, em todos acontecem assassinatos e desavenças, em todos tem pelo menos um vilão. Se algum desses artistas consegue criar um mundo aparentemente melhorzinho, um mundo que não tem todas essas coisas, ao menos algumas delas ele certamente tem, e na história que criam e contam, invariavelmente, qualquer mundo um pouco melhor logo vai ter algum mundo mais parecido com este que vai invadir o mundo “quase perfeito” e destruí-lo.

Aparentemente não há mundos perfeitos na imaginação dos seres humanos. Não há falta de sofrimento e de conflito, pelo menos não me lembro de ter visto ou lido nenhum caso. Nas histórias de ficção da literatura ou do cinema, não faltam dores e desavenças em nenhuma daquelas histórias em que o autor usa a imaginação no mais alto grau possível para fantasiar um mundo que seja outro e diferente do mundo em que estamos. Desde o País das Maravilhas de Alice até Avatar de James Cameron, não podemos encontrar mundo ficcional que não tenha nenhuma das mazelas do nosso mundo real. Parece que a imaginação do ser humano não é capaz de alcançar esse objetivo, se é que é capaz de conceber esse objetivo. Mas deus é onipotente, não é? Ele é bom, não é? Então, ele certamente poderia ter imaginado e criado algo completa e totalmente diferente do que somos e do mundo em que vivemos, não é? Mas, parece que decidiu que não era assim o mundo que queria criar, por isso não criou.

Com base no que os teístas afirmam posso concluir que deus escolheu criar tudo como é e como está, ele escolheu nos criar como somos e como estamos. Daí que “A vida é linda comparada com o quê?” não é uma pergunta absurda que se poderia fazer a deus. Se deus existisse, como os teístas afirmam com tanta certeza. Enfim, ele pode escolher antes de criar, ele poderia ter imaginado e criado qualquer outra coisa, inclusive coisas que certamente estão além da nossa capacidade de imaginação; mas, mesmo podendo tudo e qualquer coisa, ele escolheu isso, imaginou isso, e, o que é pior, escolheu criar o que imaginou, escolheu tornar real e concreta toda a cadeia de horrores que imaginou, resolveu manter, durante séculos e séculos, tudo aquilo que imaginou e criou. Como é que alguém consegue enxergar bondade nisso? Resposta: Dando “nós no cérebro” para explicar o inexplicável e justificar o injustificável.

Na minha visão, só o fato de ter conseguido imaginar os horrores que existem no mundo antes de eles existirem, antes de o próprio mundo existir, tira de deus completamente sua característica de bondade suprema. Veja bem, ainda seguindo o que os teístas pregam como verdade, ele “pensa”, “imagina” e cria, e o que ele cria? Cria a vida que só vive à custa da destruição de outras vidas. E, não se esqueça, ele é ONIPOTENTE! Como é que alguém consegue amar e respeitar um deus desses? Resposta: Dando “nós no cérebro” para explicar o inexplicável e justificar o injustificável.

Alguém poderia dizer que estou exagerando e que esse mundo e essa vida tem sim muitas maravilhas e, por causa dessas maravilhas, eles podem ver claramente que esse mundo poderia ser maravilhoso “como deus planejou” se nós, seres humanos, agíssemos conforme “deus queria que a gente agisse”. Deixando de parte o fato de que esse “nó no cérebro” dá ao ser humano um poder sobre deus e suas vontades que não faz muito sentido que meras criações possam ter, vamos olhar essa criação mais de perto pouquinha coisa. O que tem de bonito na vida que deus criou? Ah, tem muita coisa! Tem árvores, tem flores, tem gatinhos peludos, tem mar, tem pôr-do-sol, tem cores aos montes, tem brilho, tem sorrisos, tem crianças! Tem música, tem perfume, tem amor, tem luar, tem arte, tem sabor, tem brilho, tem o mar fazendo ondas, tem nuvens brancas criando formas no azul, tem as estrelas caindo na noite, faiscando, mudando de lugar, fazendo abrir e esquecer de fechar a boca da gente. Tem gente!

Mas, se olhar mais de perto, tem fome, tem frio, tem medo, tem dor; tem um animal devorando as entranhas do outro que ainda tenta se mover desesperado; tem bichinhos que só estão vivos quando devoram outros bichinhos e que deixam de estar quando são por outros devorados; tem seres que estão, durante toda a vida, entocados para matar e não serem mortos; tem pequenos animais que para crescerem a partir de ovos e larvas, devoram durante dias, semanas, meses, a partir das entranhas, o outro animal dentro do qual foram por suas mães colocados; tem terremotos, avalanches, incêndios, enchentes, erupções, furacões, tornados, maremotos, secas, alagamentos. E, além de tudo isso, tem gente!

Dizem que deus fez o homem à sua imagem e semelhança. E o que é o homem? O que é esse animal que se diz soberano sobre todas as outras formas de vida? O que é esse animal que se acha superior a qualquer outra forma de vida, inclusive ao outro homem? Que animal deus escolheu para ser a sua imagem e semelhança? Simplesmente o maior assassino do mundo por ele criado! O único animal que mata por prazer, o único animal que chama assassinato de esporte. Será que o fato de ter feito essa escolha já não deporia contra deus e sua alegada bondade? Olha só para o homem, “a mais perfeita criação de deus”, para mim isso parece mais uma suprema ironia, ou uma brincadeira de mau gosto do que qualquer coisa que minimamente se pareça com um possível fato, com uma possível verdade.

O homem, seguindo a “verdade” do teísta, é um ser criado do barro no qual foi assoprado o alento da vida. E, aparentemente, junto com essa vida, como parte integrante dela, nesse animal chamado homem foi colocado também o egoísmo, a inveja, a ganância, o medo, o preconceito, o orgulho, a vaidade, o prazer de destruir, o fascínio pela morte, a vontade de submeter, de humilhar, de torturar, de fazer sofrer. Esse é o ser que se diz o mais perfeito. De tudo isso, ouvindo e lendo essas histórias e argumentos de teístas, concluí que se deus é onipotente, o homem é oniprepotente! E o teísta, entre tantas coisas que não percebe, não percebe nunca o quanto está sendo prepotente ao crer, afirmar e insistir na “verdade” desse conto da carochinha que outros seres humanos prepotentes criaram e contaram para ele.

Se o mundo todo fosse realmente perfeito, lindo, maravilhoso e bom, ainda assim deus não poderia ser a “perfeita criação de um deus onipotente, amoroso e bom”; e não o poderia justamente pelo fato de nesse mundo existir um animal chamado homem. Tudo o que há de ruim, de terrível e de tenebroso no mundo, e que estaria sem sombra de dúvida também nesse deus caso esse deus existisse, está presente e patente na alma humana. Por mais que a gente veja e conheça pessoas maravilhosas no mundo, essas mesmas pessoas maravilhosas hão de reconhecer que o ser humano, analisado como raça, tem que ser muito de terrível.

E, se pensamos bem, sem as amarras da fé, vemos que o homem como raça tem de terrível em si o suficiente para negar, com sua própria essência e com sua própria existência, a possibilidade de ter sido criado por um deus todo bondade. Em última análise posso dizer, e acho que qualquer pessoa poderia dizer o mesmo: Porque eu existo esse deus todo bondade não tem como existir; minha própria existência é, para mim, prova suficiente da não existência de deus. A presença do homem no planeta torna a veracidade da existência e da bondade de deus algo logicamente absurdo. Um deus com todo o poder que os teístas atribuem a ele e que fosse realmente bom, jamais criaria um ser tão terrivelmente imperfeito e mau como é o ser humano. A existência do homem na terra, apesar dos seres humanos maravilhosos que nela existiram, existem e existirão, é, por si só, prova mais do que válida de que o deus que cultuam nas catedrais, mesquitas, templos e sinagogas não tem como existir. O que fica realmente difícil de entender é a vaidade que impede o ser humano teísta - mesmo os melhores deles - de olhar para si mesmo e perceber esse fato tão óbvio.

E a esse homem “criado à sua imagem e semelhança”, deus deu também, além da suprema maldade, da suprema prepotência e da quase incapacidade de enxergar a si próprio, o envelhecimento, as doenças, as deficiências físicas e mentais, a capacidade de criar máquinas de matar e de criar a língua para, dentro dela, criar o eufemismo, o eufemismo que salva a todos porque graças a ele o homem não assassina peixes, ele pratica o esporte da pesca; não assassina animais, abate para venda e consumo ou pratica o esporte da caça, não destrói a natureza, cria novas tecnologias, não humilha o seu semelhante, coloca-o no seu lugar; não espanca seus filhos, educa-os, não rouba, adquire bens; não explora, contrata funcionários; não é ladrão, é político!

E aí está aquilo que, além e mais do que qualquer coisa, por mais que os teístas tentem me explicar eu não consigo entender! A esse deus que criou todo esse circo de horrores forrado de belezas feitas para atrair e destruir, o teísta chama de “Deus de Bondade”! Que bondade? Um ateu leigo feito eu vai olhar muito e, embora consiga ver bondade em muitos seres humanos, como indivíduos e ver beleza na natureza como plástica, não poderá, por mais que tente, ver onde está essa bondade que teria vindo de um deus criador onipotente cuja existência os teístas afirmam.

Chegou a hora de falar um pouquinho sobre os já citados “nós no cérebro”. Os defensores desse deus inventaram um tal livre arbítrio que, quando tentam explicar o que é e para que seja, não conseguem fazer com que suas explicações façam qualquer sentido. Dizem que é um “presente” que deus deu aos homens, mas só os algozes têm, nunca a vítima; dizem que sem o livre-arbítrio seríamos todos “robozinhos” sem vontade própria como se deus de repente deixasse de ser onipotente e não pudesse criar um mundo no qual suas criações não precisassem cometer horrores para não se tornarem “robozinhos sem vontade própria”. E não adianta a gente tentar argumentar; eles vão dando “nós” e mais “nós” no cérebro e não conseguem perceber que não estão conseguindo atingir seu objetivo de inocentar seu deus. Muitos dizem que vivemos em um mundo de opostos e que é necessário que seja assim, dizem que é preciso ter o claro e o escuro, o bem e o mal, o bonito e o feio; dizem que a existência dos opostos é natural e necessária. Eles não se dão conta (de novo!) de que não pode ter nada “necessário” se quem criou tudo foi um deus onipotente. Esse é um argumento muito parecido com outros que usam as leis da natureza para inocentar deus pela existência do mal, como dizer que se deus acabasse com a predação nós sufocaríamos com a quantidade de animais que só não é tão grande graças aos predadores. Nesse tipo de argumento eles usam as leis da natureza como se elas fossem anteriores a deus e não se dão conta de que estão fazendo isso.

Tem também os que negam a existência do mal por não haver intenção. Segundo eles, o mal não existe na natureza porque a natureza é neutra, é apenas necessária. No homem está sim o bem e o mal, mas apenas segundo sua escolha e porque deus deu a ele o tal livre-arbítrio de que já falei, na natureza não é assim. Porque não há maldade no tigre que rasga as entranhas do cervo vivo, o ato de rasgar as entranhas de um cervo vivo não é um mal e não se justifica qualquer tipo de pena ou asco que se possa sentir diante da possibilidade de imaginar o pavor, a agonia e a dor do bicho dilacerado. Eu que sou uma danada de uma ateia malvada não consigo deixar de pensar se os teístas que usam esse argumento sentiriam a mesma indiferença que sentem diante do cervo dilacerado se em lugar do cervo fosse alguém que eles amam. Será que continuariam dizendo que não existe nenhum mal em ser devorado por um tigre? Além de conseguirem levar sua falta de piedade a extremos na tentativa de defender o deus indefensável, eles conseguem esquecer completamente que quando uma pessoa (no caso eu) pensa como um mal a existência do tigre devorando o cervo ainda vivo, não está pensando que o tigre é mau, estou pensando e argumentando que o fato de existir um mundo em que a vida só pode ser vida a custa de outra vida é um mal se esse mundo foi imaginado, planejado, escolhido e criado por um deus onipotente.

Não, eles não entendem esse argumento e nenhum outro, eles apenas continuam e continuam dando “nós no cérebro” na tentativa desesperada e frustrante de justificar o injustificável e defender o indefensável. Tudo isso para não perder o conforto de ser o predileto, amado e privilegiado escolhido para a vida eterna em um paraíso prometido. Não conseguem sequer desconfiar que um deus capaz de ameaçar e exigir tanto esforço para “explicar” que mau é bom e bom é mau, no mínimo, não deve ser muito confiável. 

2 comentários:

jose gerson rufino silva disse...

A formatação de um ser supremo pelas religiões são errôneas, mas nossa espiritualidade insiste em nos intuir existência superior. O Infinito do Universo material, por si , já remete ao divino. Errôneo viver apenas o material, o finito, a ponta do iceberg, nosso entendimento meramente experimental da matéria barionica e desconsiderar o praticamente todo espiritual que somos.

Divina disse...

Bem, eu não concordo. Até entendo essa necessidade e conforto de se ver como ser além da matéria, mas não acredito que sejamos tão especiais assim... acho que somos só matéria e energia mesmo, e acho que matéria e energia são suficientemente fantástica para "embasbacar" a gente, sem necessidade de acreditar em coisas sem comprovação, como deuses e espiritualidade. Mas, como não posso provar, não afirmo. Se acreditar faz bem à pessoas sem prejudicar ninguém, quem sou eu para ser contra?