19 de junho de 2020

HOMOSSEXUALIDADE: GENÉTICA OU SOCIAL?


Sem querer (ou achar que se deva) impedir estudos científicos (desde que sejam sérios) a respeito do assunto, acho que nesse caso a preocupação maior de cada pessoa minimamente ética deveria ser com o fato de que essas pessoas são seres humanos, de que sofrem todo tipo de abuso e violência fundamentados no puro, simples e burro preconceito (em muitos casos de origem religiosa) e de que é preciso parar com essa aberração.

Ao contrário do que pensam muitos religiosos que usam a bíblia para justificar seus próprios preconceitos, uso a palavra "aberração" aqui para me referir aos preconceituosos e não às suas vítimas.

Acho que não preciso de muito mais do que minha própria sensibilidade e um mínimo de autoconhecimento para perceber que eu, que sou heterossexual, nunca escolhi ser heterossexual. Não houve um dia em minha vida em que acordei e pensei algo do tipo "Ah, acho que ser heterossexual é mais legal porque a gente apanha menos e a família não expulsa a gente de casa. Tá decidido: vou ser heterossexual!". Nunca tomei essa decisão e tenho certeza de que nenhum heterossexual o fez.

E o certo é que, mesmo que fosse opção, não tem nada de errado nisso! Quando é que as pessoas vão perceber que o que acontece entre dois adultos de forma consensual é problema única e exclusivamente deles? Como eu digo sempre, ver dois homens se beijando só vai me afetar negativamente se um deles for o meu marido. Aliás, vai me afetar da mesmíssima forma que me afetaria se eu o visse beijando outra mulher.

Em qualquer outro caso, é problema deles! É direito deles! É a vida deles!

Não entendo por que cargas d'água as pessoas se acham no direito de criminalizar outras pessoas por se amarem (ou se relacionarem sexualmente) de forma diferente delas. Desculpem os que se incomodam com isso, mas fica parecendo recalque, inveja, curiosidade reprimida ou simples dúvida da própria sexualidade.

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