Eu sou revoltadinha e
indignada, sou briguenta e um tanto intransigente. Acho que a natureza é cruel,
crudelíssima; embora concorde que ela o é sem ter nenhum tipo de consciência,
moral ou qualquer coisa que possa sugerir uma intencionalidade.
Penso de forma muito
parecida com respeito à vida: Acho a vida ruim, terrível, má, nojenta e quase
todos os adjetivos negativos que se consiga lembrar embora também reconheça que
a vida não é uma entidade e, portanto, não é todo esse horror com qualquer
coisa que se possa associar a um propósito ou intenção.
Também a velhice; é uma
merda, um horror, um castigo pior do que o inferno bíblico porque é real e pior
do que doença porque não tem cura, embora, da mesma forma que da natureza e da
vida, não se possa dizer da velhice que haja nela qualquer tipo de
intencionalidade.
Enfim, para dizer que
algo é ruim ou bom, cruel ou benéfico, não é preciso que essa coisa tenha
intencionalidade. E, com essa opinião e esse sentido em mente, posso afirmar
que a natureza é sim cruel, crudelíssima!
É tão cruel que,
cuidemos dela ou não, mais cedo ou mais tarde, ela nos eliminará.
Pense em todas as
catástrofes que ocorrem em todos os tempos e em todos os lugares do mundo, as
que são causadas pela natureza e as que são causadas pelo homem, que é parte da
natureza, bota tudo na mesma panela e o que dá é uma sopa fedorenta.
O homem (criação
defeituosa de um deus sádico), a natureza (plena de vida que só é vida à custa
do extermínio de outras vidas) e esse deus pavoroso que, segundo os que nele
creem, criou e botou pra funcionar esse circo de horrores.
Me repugna o fedor e a
aparência dessa sopa, e me repugna mais ainda saber que estou inserida nela
como um dos seus ingredientes!
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