Quando estava preparando meu TCC
precisei pesquisar um pouco sobre esses conceitos para decidir qual deles
usaria para definir as pessoas às quais estaria me referindo quando falasse das
que creem em deus. Dessa pesquisa o que pude perceber foi que, como para a
maioria dos conceitos, não há exatamente um acordo entre os pensadores e as
definições também não são exatamente as mesmas, no final usei o termo teísta.
O ateu, na minha visão e falando
por mim que me identifico como tal, é o que julga poder demonstrar a
inexistência de um determinado tipo de ser supremo e transcendente, mas teria
que ser um ateu do tipo não muito honesto caso se colocasse como alguém que
julga poder demonstrar a inexistência de toda e qualquer possibilidade de ser
supremo e transcendente, afinal, se pensar, as possibilidades são muitas e não
há como provar a inexistência de todas elas... nem mesmo de conhecê-las todas,
acho.
O agnóstico, a meu ver, não
opina, a meu ver, porque pensa que para ser ateu teria que provar a
inexistência de toda e qualquer possibilidade de ser supremo e transcendente.
Por isso tenho comigo a teoria de que agnóstico é um ateu que não sabe que é
ateu porque a definição de ateu que ele tem é diferente da minha. Sim, pode ser
pretensão da minha parte.
Deísmo é, para mim, o que o
Nietzsche (se não me falha a memória) chamou de desperdício de palavra, ou algo
assim. Ou seja, é dar o nome de deus para outra coisa que já tem um nome e não
precisa de outro, como natureza e universo. Quando "trombei" com essa
fala há algum tempo achei muito boa. Infelizmente não consigo encontrar onde
foi que a li, ando procurando há tempos para conseguir apresentar, até a mim
mesma, algo além da simples memória de ter lido.
Teísmo é, para mim, o
interlocutor de todo e qualquer texto de temática ateísta que escrevo. É aquela
pessoa que acredita na existência de um deus que criou o mundo, que é
responsável pela existência dela e que, de alguma forma, interfere nessa
existência e tem conhecimento dessa pessoa. Nessa definição entraria desde o
religioso mais pio e fanático até aquele que não aderiu a nenhuma religião, mas
acredita em um "deus diferente", mas parecido com o amigo imaginário
das crianças.
Essas são as definições, como dá
para perceber, muito pessoais que posso apresentar. São, basicamente, as
conclusões a que cheguei lendo, conversando com pessoas e pensando muito a
respeito.
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