Os
verbos educar e amar têm muito em comum. No livro de gramática, porque ambos
têm a terminação ar, são denominados verbos de primeira conjugação. Na nossa
sociedade, são ações de primeira necessidade, portanto: primeira conjugação. E
são complementares: impossível educar sem amar, impossível amar sem educar, ou,
sem ensinar, mesmo que seja apenas (apenas?) ensinar a amar.
E são regulares: na
gramática porque seguem o paradigma da primeira conjugação, na sociedade porque
são ações que devem ser praticadas regularmente, todos os dias e toda a vida.
Quando amamos educamos, aprendemos, crescemos... Quando educamos de verdade,
amamos e nos amamos. Quem não ama não educa e não é educado (nos dois
sentidos). Quem não educa não ama, não se ama, não cresce, não aprende...
Os sujeitos desses
verbos somos todos nós, nós adultos, nós professores, nós pais, nós cidadãos,
nós seres humanos, nós homens, nós mulheres e nós crianças — sim, nós crianças!
— porque crianças educam outras crianças e a criança que existe dentro de cada
um de nós é uma grande educadora.
Esses dois verbos
também são reflexivos: Quem ama e educa se ama e se educa, é amado e aprende,
porque quem é amado ama e quem educa aprende. E quanto mais ama mais é amado,
quanto mais educa mais é educado.
A escola é, portanto —
tem que ser — um templo de amor. Cada casa, cada lar, cada família deve também
ser um templo de amor e cabe a cada pessoa fazer de si um educador e um
educando porque essa é a única forma de cada pessoa fazer de si mesma um mundo
melhor. E torcer para que seja contagioso.
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