Acho que foi bem por causa desse pensamento que chegamos onde estamos.
Eu não voto em "menos pior" se não for obrigada.
Por isso votei no Haddad só no segundo turno. Ele não era minha primeira escolha.
No primeiro votei no Boulos mesmo sabendo que não tinha chance.
Não escolho "o vencedor" ou "o que tem mais chance de vencer", acho isso ridículo e acho que é justamente esse raciocínio que cria "o vencedor" que não presta, mas é o "menos pior".
Quando era bem jovem tive uma amiga que encarava eleição como uma disputa e ela sempre se vangloriava de só votar em quem ganhava, parecia que ELA tinha ganhado um troféu.
Eu só votava em quem perdia, e ficava muito feliz por não ser cúmplice dos "vitoriosos".
Isso foi na época em que não votávamos para presidente e só tinha dois partidos.
Continuo não achando que eleição é disputa de quem vota no "vencedor".
Para os outros cargos, na última eleição, fiz questão de pesquisar e escolher entre candidatos gays e, principalmente, trans.
Pelo que vi nenhuma das pessoas em quem votei venceu, mas minha consciência está tranquila e estou feliz como o Darcy Ribeiro que disse que fracassou em tudo que tentou, mas odiaria estar no lugar dos que o derrotaram.
Estou meio assim.
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