25 de junho de 2020

RELIGIÕES AFRO

(com selo de antiguidade)


          Vi agora há pouco um "cartaz" de um movimento que pede a tolerância das outras religiões com respeito às religiões afro brasileiras. Eu até queria que esse movimento fosse bem forte para segurar um pouco essas bancadas evangélicas e essas ligas católicas que estão ameaçando seriamente qualquer possibilidade de que possamos viver em um país laico de fato. Até tento respeitar as religiões de raiz africana, e tenho sim um profundo respeito pela origem das oferendas, que nas raizes africanas, pelo que aprendi em uma aula de literatura africana em um curso de pós graduação, tinham como objetivo pedir desculpas à mata, ao rio, à vida, por estar, com a caça, a pesca ou a coleta, violando sua harmonia. Acho isso muito lindo mesmo, me tocou sinceramente esse conhecimento. Mas hoje não acontece mais dessa forma e acho até que muitos dos próprios adeptos dessas religiões não conhecem a raiz desse ritual que praticam. Então, na minha visão metropolitana “civilizada”, o problema com os ritos das religiões de matriz africana é a sujeira que fazem. E digo isso sem querer, em nenhum momento, diminuir ou ignorar o fato de que pessoas que não são dessas religiões, por simples falta de consciência e de educação, também deixam muita sujeira, até mais ainda. O problema não é ser quem suja mais, se fosse isso eu nem estaria dizendo nada, o problema é só ser mais um que deixa coisas que não deveriam ser deixadas nos lugares onde elas ficam. Em muitos lugares que a gente vai, daqueles de onde a gente não deveria tirar nada a não ser fotografias, de onde a gente não deveria levar nada a não ser lembranças e onde a gente não deveria deixar nada a não ser pegadas, se pode encontrar as marcas desses religiosos, que não deveriam estar lá. Que me perdoem, mas o fato é esse: Eles vão fazer seus cultos e deixam um montão de lixo.

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