(com selo de antiguidade)
Não estou torcendo
desbravadamente pelo Brasil e não sou fã ardorosa de futebol, mas hoje fui à
praia aqui de Copacabana ver o jogo no telão acompanhada do meu neguinho que,
este sim, adora futebol e chegou até a cair na areia tentando um chute mal dado
junto com um jogador que perdeu um gol.
Saímos do apartamento e os três quarteirões que
levam à praia estavam tomados por um mar de gente de verde e amarelo, havia uma
alegria sólida pairando no ar e mesmo os barulhos irritantes dos apitos e
buzinas não conseguiam aborrecer.
A praia estava tomada,
tinha família com criança de colo usando camisetinha do Ronaldinho e do Kaká,
todas as pessoas que a gente via pareciam leves, alegres, relaxadas; até o
vendedor de sorvete descansava a caixa de isopor na areia para ver os lances do
jogo e mesmo o catador de latinha aliviava o peso do saco nos momentos de
quase-gol.
O que me ficou disso
tudo foi que pode até ser que tudo isso seja bobeira (na minha cabeça de mulher
chata e rabugenta é mesmo), pode até ser inútil e pode até dar prejuízo
financeiro para a economia do país por conta dessa parada na produção e no
comércio, mas o fato, visível e palpável é que as pessoas, tão cheias de dores
e de problemas o tempo todo e a vida toda, têm tão poucos momentos de prazer na
vida que qualquer desculpa para fazer uma festa é válida e eu me sinto na
obrigação de apoiar.
E a única coisa que
faço, com um enorme sorriso de compreensão na cara, é torcer muito para que
ninguém leve a alegria ao excesso e a ponto de alguém se machucar.
Aqui em Copacabana,
pelo menos pelo que vi, tudo correu na mais santa paz. E eu adorei!
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