13 de junho de 2020

A FESTA DA COPA E O PREJUÍZO ECONÔMICO NACIONAL


(com selo de antiguidade)



Não estou torcendo desbravadamente pelo Brasil e não sou fã ardorosa de futebol, mas hoje fui à praia aqui de Copacabana ver o jogo no telão acompanhada do meu neguinho que, este sim, adora futebol e chegou até a cair na areia tentando um chute mal dado junto com um jogador que perdeu um gol.

Saímos do apartamento e os três quarteirões que levam à praia estavam tomados por um mar de gente de verde e amarelo, havia uma alegria sólida pairando no ar e mesmo os barulhos irritantes dos apitos e buzinas não conseguiam aborrecer.

A praia estava tomada, tinha família com criança de colo usando camisetinha do Ronaldinho e do Kaká, todas as pessoas que a gente via pareciam leves, alegres, relaxadas; até o vendedor de sorvete descansava a caixa de isopor na areia para ver os lances do jogo e mesmo o catador de latinha aliviava o peso do saco nos momentos de quase-gol.

O que me ficou disso tudo foi que pode até ser que tudo isso seja bobeira (na minha cabeça de mulher chata e rabugenta é mesmo), pode até ser inútil e pode até dar prejuízo financeiro para a economia do país por conta dessa parada na produção e no comércio, mas o fato, visível e palpável é que as pessoas, tão cheias de dores e de problemas o tempo todo e a vida toda, têm tão poucos momentos de prazer na vida que qualquer desculpa para fazer uma festa é válida e eu me sinto na obrigação de apoiar.

E a única coisa que faço, com um enorme sorriso de compreensão na cara, é torcer muito para que ninguém leve a alegria ao excesso e a ponto de alguém se machucar.

Aqui em Copacabana, pelo menos pelo que vi, tudo correu na mais santa paz. E eu adorei!

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