(Com selo de antiguidade)
Eu
parei de votar porque as opções sumiram, o PT tinha se tornado mais um. Isso
foi depois da primeira eleição do Lula. Não votei nele no segundo turno e nunca
votei na Lula.
Para
mim desde que o Lula assumiu pela primeira vez e começou os "apertos de
mão", toda a esperança de algo realmente diferente acabou.
Mas,
mesmo assim, consegui não me tornar uma adepta do ódio seletivo que foi tomando
conta das pessoas e que, orquestrado, incentivado, articulado e muitíssimo bem
dirigido pela Globo, foi se tornando cada vez mais forte e insidioso.
Enquanto
isso foi crescendo de forma cada vez mais irracional, eu, (acho), consegui me
manter mais ou menos lúcida. Consegui ver as coisas boas (que, ao contrário do
que os odiadores dizem, aconteceram sim nesse governo do PT) e consegui ver as
coisas ruins (que, ao contrário do que dizem os adeptos mais ardorosos,
aconteceram sim no governo do PT).
As
coisas boas não foram, para mim, suficientes para me levar a votar no partido,
e as ruins não foram suficientes para me cegar para as boas e nem para me
tornar uma aliada da Rede Globo.
Continuei
vendo o partido como apenas mais um e seus políticos como apenas políticos;
nenhum merecedor da minha confiança, ou do meu voto.
Não
sou expert em política nem em economia (não sou expert em nada pra dizer a
verdade) mas sou e sempre fui rebelde e teimosa. Nunca soube, nunca consegui e
nunca gostei de "seguir boiada". Sempre fui rebelde e sempre fui
desconfiada, por isso, agora, embora tenha até ficado animada com o chabu do
show da prisão "coercitiva" do Lula, sempre soube que precisaria de
mais do que uma derrota da Globo para eu "tomar partido" de verdade.
Não
vi nenhuma notícia agora de manhã, estou escrevendo isso antes de olhar o mundo
jornalístico para saber se já aconteceu alguma coisa em decorrência dos
protestos de ontem. Continuo me recusando a unir ombros com gente que pede
intervenção militar e transforma em deus qualquer um que a Globo manda. O tal
Moro pode até ser ótimo, mas eu duvido muito.
Então,
estou esperando pelo que vier e independente do que acontecer estou triste. Não
pela queda de um político ou de um partido, mas pelo fato de não conseguir ver
nenhuma possibilidade real de que o que quer que aconteça possa fazer uma
grande diferença.
O
Lula disse uma vez que tinha "300 picaretas", se tornou mais um e foi
mais longe se tornando presidente. Mentiu porque não são 300, é muito mais. Um
deles vai - e todos eles vão - continuar o trabalho sujo de sempre e tudo vai
continuar podre.
Não
vi nenhuma razão para ir às ruas, e não vejo absolutamente ninguém capaz de
fazer qualquer coisa que venha a me levar às urnas novamente.
Aviso:
Por Globo leia-se a Globo e todos os seus aliados, e sim eu culpo essa corja
muito mais do que culpo os políticos bandidos, os militares oportunistas e os
religiosos aproveitadores. Na minha opinião, se existe um “partido” que merecia
ser excluído para sempre do cenário nacional, esse “partido” é a imprensa podre
que a Globo representa.
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