13 de junho de 2020

FALANDO DE POLITICAGEM


(Com selo de antiguidade)



Eu parei de votar porque as opções sumiram, o PT tinha se tornado mais um. Isso foi depois da primeira eleição do Lula. Não votei nele no segundo turno e nunca votei na Lula.

Para mim desde que o Lula assumiu pela primeira vez e começou os "apertos de mão", toda a esperança de algo realmente diferente acabou.

Mas, mesmo assim, consegui não me tornar uma adepta do ódio seletivo que foi tomando conta das pessoas e que, orquestrado, incentivado, articulado e muitíssimo bem dirigido pela Globo, foi se tornando cada vez mais forte e insidioso.

Enquanto isso foi crescendo de forma cada vez mais irracional, eu, (acho), consegui me manter mais ou menos lúcida. Consegui ver as coisas boas (que, ao contrário do que os odiadores dizem, aconteceram sim nesse governo do PT) e consegui ver as coisas ruins (que, ao contrário do que dizem os adeptos mais ardorosos, aconteceram sim no governo do PT).

As coisas boas não foram, para mim, suficientes para me levar a votar no partido, e as ruins não foram suficientes para me cegar para as boas e nem para me tornar uma aliada da Rede Globo.

Continuei vendo o partido como apenas mais um e seus políticos como apenas políticos; nenhum merecedor da minha confiança, ou do meu voto.

Não sou expert em política nem em economia (não sou expert em nada pra dizer a verdade) mas sou e sempre fui rebelde e teimosa. Nunca soube, nunca consegui e nunca gostei de "seguir boiada". Sempre fui rebelde e sempre fui desconfiada, por isso, agora, embora tenha até ficado animada com o chabu do show da prisão "coercitiva" do Lula, sempre soube que precisaria de mais do que uma derrota da Globo para eu "tomar partido" de verdade.

Não vi nenhuma notícia agora de manhã, estou escrevendo isso antes de olhar o mundo jornalístico para saber se já aconteceu alguma coisa em decorrência dos protestos de ontem. Continuo me recusando a unir ombros com gente que pede intervenção militar e transforma em deus qualquer um que a Globo manda. O tal Moro pode até ser ótimo, mas eu duvido muito.

Então, estou esperando pelo que vier e independente do que acontecer estou triste. Não pela queda de um político ou de um partido, mas pelo fato de não conseguir ver nenhuma possibilidade real de que o que quer que aconteça possa fazer uma grande diferença.

O Lula disse uma vez que tinha "300 picaretas", se tornou mais um e foi mais longe se tornando presidente. Mentiu porque não são 300, é muito mais. Um deles vai - e todos eles vão - continuar o trabalho sujo de sempre e tudo vai continuar podre.

Não vi nenhuma razão para ir às ruas, e não vejo absolutamente ninguém capaz de fazer qualquer coisa que venha a me levar às urnas novamente.

Aviso: Por Globo leia-se a Globo e todos os seus aliados, e sim eu culpo essa corja muito mais do que culpo os políticos bandidos, os militares oportunistas e os religiosos aproveitadores. Na minha opinião, se existe um “partido” que merecia ser excluído para sempre do cenário nacional, esse “partido” é a imprensa podre que a Globo representa.

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