Acho que a frase é um tanto quanto relativa, como a
maioria das frases feitas é.
Quando a gente já viveu tempo suficiente para ter
muitos cabelos brancos é normal ter um tanto razoável de experiência, mas o que
faz diferença na verdade não é quantas experiências temos, mas o que fazemos
com elas.
No meu caso, sempre fui muito rebelde e contestadora,
desde criança nunca me deixava “domar” e sempre perguntava e procurava o
porquê das coisas que me diziam.
Aceitar um “é assim porque estou dizendo que é
assim” sempre foi quase que uma impossibilidade para mim, embora por
questão de sobrevivência eu até tenha aceitado algumas coisas, pelo menos no
plano do comportamento.
Minha cabeça sempre esteve “contra” e essa
minha personalidade chegou a dar muito trabalho e preocupação para meus pais e
muitos problemas para mim mesma.
Sim, porque ser rebelde também pode ser sinônimo de
fazer muita cagada. Porque, muitas vezes, a pessoa é rebelde, mas também é
muito burra. Em muitos aspectos (se não em todos) esse foi o meu caso.
Além disso, rebelde que sobrevive e se sai bem ou tem
muito talento e pelo menos alguma sorte ou simplesmente teve muita sorte. Isso
porque muito talento sem nada de sorte pode fazer com que tudo dê errado.
Como não me julgo talentosa, computo minha
sobrevivência à sorte.
Resumindo: Gente “cheia de experiência” é
sempre gente que teve sorte, e o que a pessoa decidiu fazer com essa
experiência é o que diferencia o sábio do babacão. E, é claro, os meios-termos
como eu, que estou longe de ser sábia, mas estou (ou tento estar) ainda mais
longe de ser babaca.
Enfim, experiência e cabelos brancos não dão passe de
inteligência nem de sabedoria a ninguém.
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