Eu até aceito que
chamem aquele negro que foi nomeado pelo bozobosta para chefiar a Fundação
Cultural Palmares de “um negro racista”, mas acho que é preciso ter em mente
que o racismo de um negro é diferente do racismo de um branco.
Para mim, o negro
racista tem um problema psíquico ou psicológico - não sei especificar porque
não sou da área – de negação. Uma negação patológica mesmo.
O negro pode ser vítima
de algum trauma causado por uma situação especialmente marcante de racismo na
infância ou ao longo do seu desenvolvimento (algo pelo que em algum nível todos
os negros passam) e em consequência disso se nega a ser parte do grupo
estigmatizado.
Ele nega o espelho
quando olha para si mesmo, nega a cor de sua pele, nega sua própria história.
Nega a história de seus antepassados, a história de sofrimento de cada um
deles.
Nega tudo isso na ânsia
de se mostrar e de ser visto, até por si mesmo, como diferente dos outros
negros, porque não quer ser parte dos “inferiores”, dos “feios”, dos
“sub-humanos”, dos humilhados.
Daí o "racismo", daí o
discurso de ódio que tudo o que faz é gritar “Eles são isso, mas eu não!”.
Acho que o negro
racista é mais uma das muitas consequências aviltantes e abjetas da herança
escravocrata que permeia nossa sociedade ainda hoje.
É por isso que pessoas
como esse negro da Fundação Cultural Palmares, além de raiva e nojo, me faz
sentir pena.
E confesso que sinto
muito mais raiva e nojo de quem o colocou lá do que dele mesmo.
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