Na verdade não vou responder
pergunta nenhuma. E não vou responder pela simples razão de que essas perguntas
não têm respostas. São perguntas que a ciência e a filosofia tentam responder
desde que existem, e que, inclusive, em certo sentido são responsáveis pela
própria existência dessas duas maravilhosas criações humanas. Todas as
religiões do planeta, ou quase todas, também desde a existência da primeira
religião, pensam e pensaram ter respondido essas questões, mas as respostas
dadas por cada uma das religiões em geral são válidas somente para os que são
adeptos daquela religião, portanto, não são respostas realmente. O próprio B.
Russell disse que “Quase todas as questões do máximo interesse para os
espíritos especulativos são de tal índole que a ciência não as pode responder,
e as respostas confiantes dos teólogos já não nos parecem tão convincentes como
o eram nos séculos passados”. Então, logicamente, não darei respostas
verdadeiras, válidas e definitivas, nunca teria tal pretensão, vou apenas usar
o meu “achômetro” e tentar dar as minhas possibilidades de resposta, que não
posso nem sequer dizer que são definitivas para mim mesma uma vez que, como
todo ser humano, estou sujeita a pensar de novo e a mudar de ideia. Vamos às
perguntas.
1 - Acha-se o mundo dividido em espírito e matéria?
A tentação primeira é dizer que
sim, afinal, sentimos que aquilo que somos realmente, aquilo que em nós sente,
não é apenas a nossa carne, então concluímos que tem que ser também e
principalmente outra coisa, e chamamos “espírito” a essa outra coisa que
acreditamos pressentir em nós. Além disso, devido a nossa necessidade de nos
sentirmos especiais, temos muita dificuldade para imaginar que um cadáver possa
ser de certa forma semelhante a um ferro de passar desplugado. Mas acontece que
quando vejo uma pessoa muito idosa que já perdeu boa parte da noção de tempo e
de espaço, quando vejo alguém com Alzheimer, quando sei da mudança que acontece
com alguém que, por algum acidente, perdeu parte do cérebro, quando penso nos
animais todos, e mesmo nas plantas, e na sem razão de me julgar melhor do que
eles, e até quando penso em meu próprio sono e no que acontece durante essas
horas em que deixo de ser eu, sinto muita dificuldade em aceitar como fato essa
divisão em espírito e matéria. Pensando mais, pensando com mais cuidado,
pensando, ou tentando pensar, em um todo que me cerca e não apenas em mim
mesma, minha tendência é rejeitar essa teoria. Além disso, se penso
profundamente em como me parece que seriam as coisas se realmente a vida fosse
uma comunhão de espírito e matéria, concluo que o que vejo não se parece tanto
assim com essa comunhão, portanto, acho mesmo que somos somente matéria e
energia, e mais, como sei que a própria matéria é na verdade constituída de
energia, então, aquilo que chamamos de espírito é apenas energia atuando na
matéria; ou energia interagindo com energia. E quando digo energia não estou
pensando em nenhum tipo de energia transcendental, extra mundo ou extra vida,
estou pensando nessa energia cuja ação vemos o tempo todo em nossa vida; a
mera, simples e cotidiana eletricidade, ou algo similar e tão mundano quanto.
2 - E, supondo-se que assim seja, que é espírito e
que é matéria?
Bem, como já disse na resposta à
primeira pergunta, não é dessa forma que vejo, mas talvez, dentro mesmo do meu
conceito, eu possa falar em “aparência de constituição de espírito”, que
seria algo do tipo “manifestação de energia” e em “aparência de constituição
da matéria”, que seria algo como a manifestação da energia num micro quando
vista de um ponto macro. Como colocar isso em outras palavras para que fique um
pouco mais claro para mim mesma? Vejamos: já andei muito tempo (e acho que
ainda ando), como se diz, “encasquetada” com a pergunta que não sei se
alguém já fez com essas mesmas palavras mas que certamente alguém já fez antes:
“De que matéria é feita a matéria?” Nas minhas tentativas de encontrar
algum tipo de resposta para essa pergunta me deparei com palavras como “quark”,
“férmion” e “glúon”, sendo que, dessa última me chamou a atenção
a explicação de que ela é uma “partícula de massa nula”. Disso tudo,
explicações e definições das quais não entendo um décimo, o que minha ignorante
cabecinha concluiu é que a matéria é formada por algo que não é matéria e que,
aparentemente, é apenas energia, ou nada; essa expressão “massa nula” me
pareceu muito significativa. Eu e minha monumental ignorância ficamos com a
impressão de que tudo é, no final das contas, um imenso nada; daí que aquele
postulado tão “verdadeiro e inquestionável” de que “Do nada nada pode
surgir” não me parece assim tão verdadeiro e inquestionável afinal. De
qualquer forma, se não é possível determinar o que é realmente a matéria, por que
não se pode ter como possível e até plausível a hipótese de que o que chamamos
espírito não passa de uma manifestação da própria matéria? Essa visão, no meu
parco entender, tem a vantagem de simplificar muito as coisas, afinal, em lugar
de dois incógnitos ficamos com um único. E eu consegui, como os maiores “sábios”,
não responder nada!
3 - Acha-se o espírito sujeito à matéria, ou é ele
dotado de forças independentes?
Acho
que essa pergunta, pelo menos quanto ao meu “achômetro”, já foi
respondida nas duas anteriores. Mas o resumo, de acordo com minha teoria, seria
que o espírito está sim, sujeito à matéria, tão sujeito que ele é, em última
análise, a própria matéria. Nós é que, em nosso desconhecimento e levados pela
nossa impressão e por nossas crenças, separamos e nomeamos como diferentes o
que na verdade é igual, ou chamamos de outra coisa o que é, na realidade, a
mesma coisa.
4 - Possui o universo alguma unidade ou propósito?
Unidade
talvez, propósito, pelo menos no que diz respeito ao ser humano, não parece. O
universo é incrivelmente, fantasticamente, fabulosamente grande e é também,
tanto em se tratando de tudo o que contém e acontece em seu território de dimensões
inimagináveis quanto em se tratando de sua história, um perfeito desconhecido.
Diante dessa verdade tão óbvia, o ser humano conseguir se tornar cego a ponto
de não perceber o quanto é insignificante e achar que todo esse absurdo e
mistério existe apenas em função de sua própria existência é algo que, embora
aconteça com uma incrível frequência principalmente dentro das instituições
religiosas mas também individualmente, não dá para compreender. Se o universo
possui uma unidade e um propósito, este muito provavelmente inclui o homem
tanto quanto na construção de um edifício se inclui individualmente os microorganismos
que porventura vivam naquela terra.
5 - Está ele evoluindo rumo a alguma finalidade?
Pelo
que afirmam as religiões, pelo menos as três maiores, há um deus que criou o
universo como um mero e medíocre pano de fundo para nele colocar a terra, que
ideologicamente continua sendo seu centro, e nela fazer habitar o ápice da
criação que são os homens, seres magnificamente superiores a toda e qualquer
coisa exceto a esse deus; e todo o universo existe para conter a terra que
existe para ser palco da luta entre deus e o diabo, ou entre o bem e o mal, que
estão eternamente disputando a posse da valiosíssima alma do homem, alma essa
que terá uma eterna recompensa se optar pelo lado certo dessa batalha e um
castigo eterno se optar pelo inimigo do criador. Como se faz essa opção varia
de grupo para grupo, vai desde uma vida inteira de renúncia à própria vida até
a exterminação impiedosa dos que não são adeptos do mesmo estilo de
demonstração de opção tomada. E inacreditavelmente quase ninguém consegue perceber
o absurdo dessa visão. Daí que, para mim e meu achômetro, o universo não tem
consciência e, portanto, não tem finalidade, pelo menos não no sentido que nós,
seres humanos, damos a essa palavra, e se tiver uma finalidade nós, humanos,
por mais oniprepotentes que sejamos, não teremos como saber e como ver a
conclusão dessa finalidade porque simplesmente somos insignificantes demais
para que estejamos incluídos nela.
6 - Existem realmente leis da natureza, ou
acreditamos nelas devido unicamente ao nosso amor inato pela ordem?
Não
acho que tenhamos realmente amor pela ordem, acho que simplesmente gostamos de
acreditar que somos assim porque seres que têm amor pela ordem nos parecem
superiores aos que não têm sequer noção do que seja ordem e se existe algo de
que gostamos é de nos sentirmos superiores. Mas, pelo que podemos observar, e
pelo que podemos observar com os parcos recursos dos nossos cinco sentidos e
durante o tempo ínfimo em que aqui estamos, há algumas coisas e algumas
manifestações que podemos classificar como regulares e recorrentes e que por
isso podemos chamar de leis; só não temos, e muito provavelmente não teremos
nunca, como afirmar que essas “leis” são mesmo o que nos parecem; não
temos como saber se são mesmo como as vemos ou se precisaríamos de muito mais
capacidade de percepção para conhecermos o que realmente são; e, pela nossa pequenez
e efemeridade, não temos como saber se as regularidades que observamos são
mesmo duradouras ou, em termos de tempo e dimensão infinitos, apenas
momentâneas.
7 - É o homem o que ele parece ser ao astrônomo,
isto é, um minúsculo conjunto de carbono e água a rastejar, impotentemente,
sobre um pequeno planeta sem importância? Ou é ele o que parece ser a Hamlet?
Acaso é ele, ao mesmo tempo, ambas as coisas?
Olha
só do que é capaz o Google! Procure lá, se você não se lembrar o que é o homem
para Hamlet, e encontrará essa frase e as referências: “Que obra-prima é o
homem!" ["What a piece of work is man!", l. 295]. Só a
consciência da possibilidade desse ato de procurar, e encontrar, a resposta a
uma pergunta usando um instrumento criado pela tecnologia, criado pelo homem,
faz com que a gente simplesmente se sinta tentado a concordar entusiasticamente
com Hamlet. Sem dúvida que o homem é um animal fantástico dependendo do ângulo
e da distância em que se olha. Às vezes, olhado como indivíduo, o homem parece
muito superior à sua espécie, para sentir isso basta olhar para alguns
personagens cujas vidas nos despertam admiração e respeito, como Nelson Mandela
e Albert Sabin; outras vezes, olhado como espécie, o homem parece muito
superior a si mesmo como indivíduo, minha procura no Google é um exemplo de um
desses momentos. Mas tudo isso, desde a fantástica maravilha do indivíduo
superior à fantástica maravilha do avanço tecnológico, se olhado de um ponto de
vista mais distanciado, muito mais distanciado, não seria apenas comparável a
uma ação incompreensível de uma formiga no formigueiro ou a uma casa de
João-de-barro? Claro que para nós é extremamente difícil ver as coisas dessa
forma distanciada e certamente cada um de nós tem uma porção de argumentos
válidos que contrariam essa visão ou essa forma de colocar as coisas, mas, por
mais que nos pareça absurdo e até injusto, não será assim mesmo, ou até mais
desdenhosamente, que seríamos vistos se alguém nos visse de uma distância maior
do que a que podemos tomar? Respondi com uma pergunta, coisa que meus
professores sempre disseram que não é correto, mas quando só o que tenho são
perguntas e achômetros, o que mais posso fazer se não “achar que” e
perguntar?
8 - Existe uma maneira de viver que seja nobre e
uma outra que seja baixa, ou todas as maneiras de viver são simplesmente
inúteis?
A
resposta à pergunta anterior me pareceu ser relativa no espaço, a resposta a
essa pergunta me parece ser relativa no tempo. No momento presente e até mesmo
dentro de um período razoavelmente longo de tempo – do ponto de vista humano -,
o que parece é que sim, existe uma maneira nobre e existe uma maneira baixa de
viver, para comprovar isso podemos pegar por exemplo Hitler e Chaplin. Vendo o
filme “O grande ditador” qualquer pessoa razoável se encherá de admiração e
respeito por esse cineasta que ousou denunciar via sátira um personagem que na
época estava causando tantos horrores no mundo e que para muitos ainda era
figura digna de respeito e admiração. Os dois personagens seriam, nesse
contexto, os exemplos opostos; Chaplin exemplificaria uma vida nobre e Hitler,
logicamente, exemplifica uma vida baixa. Mas - quando se pensa profundamente
sempre se pode encontrar um “mas” - será que daqui a cinco ou dez mil anos
ainda se saberá quem foram esses personagens? E estou colocando a pergunta em
termos de uma extensão de tempo bastante grande porque esses homens que tomei como
exemplo certamente sobrevivem no tempo, principalmente agora que temos a
internet, muitíssimo mais do que as pessoas comuns. Mas e depois da extinção da
raça humana, que importância terá a existência dessas duas pessoas? E olha que
escolhi como exemplo duas figuras de destaque, se falar de mim mesma e de
outras milhões de milhões de pessoas que vivem e viveram nesse planeta, qual a
importância de nossa existência e de nossas vidas quando são passadas apenas
umas poucas gerações? O que posso concluir de tudo isso - e vivo dessa forma -
é que nesse tempo presente em que estou, pouco antes de eu deixar de ter
qualquer importância para qualquer pessoa porque nem mesmo minha mãe e meu
filho existirão para dar conta de uma ilusória importância da minha passagem,
nesse ínfimo espaço de tempo minha vida pode sim, embora seja mesmo inútil, ser
vivida de maneira nobre, ao menos da maneira mais nobre que eu puder. E por
mais inútil que seja (e é!), numa visão macro de tempo, não vejo essa busca
pela maneira nobre de se viver como um desperdício completo porque não é
desperdício para mim.
9 - Se há um modo de vida nobre, em que consiste
ele, e de que maneira realizá-lo?
Agora
corro o sério risco de transformar minha resposta em um texto babaca de auto
ajuda ou de louvor vazio à existência e ao amor, mas o fato é que vejo como
modo nobre de viver aquele modo que inclui como ideia e ação constituinte o
respeito ao outro. Parece bem clichê, bem primário e bem bestinha, mas ver o
outro como um ser que como eu carrega sobre seus ombros, literal e
metaforicamente, o peso da própria impotência, acho que é a única maneira nobre
de agir e de viver. O que vejo como necessário para uma vida nobre é a
capacidade de olhar o outro como meu igual, é a solidariedade de constatar que
estamos juntos no mesmo infortúnio. Não é o amor que me une ao outro, é a
empatia, é o respeito, é a consciência da nossa mesma miséria; e saber e sentir
isso vai fazer com que eu não possa e não consiga prejudicar, explorar, ferir,
magoar, inferiorizar, discriminar, subjugar o outro; e quando falo no outro não
estou me referindo apenas aos outros seres humanos que partilham o mesmo espaço
e tempo comigo, estou me referindo também aos animais e às plantas. Por isso
sou tremendamente e teimosamente avessa à tal cadeia alimentar, por isso essa
ideia de uma vida só ser vida à custa de outras vidas me enoja, por isso a existência
da cadeia alimentar é uma das maiores razões do meu ateísmo. O “Amai ao
próximo como a ti mesmo” é preceito válido apenas dentro de uma idealização
religiosa, cega, mentirosa e reducionista do ser humano. Posso passar por
heroína me arriscando para salvar alguém em perigo, muitas pessoas fazem isso e
é lindo, é tocante, é louvável, mas em situações de risco extremo o animal que
somos grita mais alto e o instinto de sobrevivência nos obriga a correr; fora
isso, no meu dia a dia, cuido da minha vida e do meu bem estar - meu e dos que
estão mais ligados a mim -; faço, com toda a boa vontade do mundo, doações de
alimentos, roupas, trabalho e dinheiro dentro das minhas posses; e por mais
nobre que isso possa parecer a verdade é que o termo “dentro das minhas
posses” significa que nunca dou ao outro tanto quanto dou a mim mesma e aos
que me são caros e que de mim dependem, por isso sou humana. Estou certa de que
cada um de nós, se olhar de verdade para si mesmo, excetuando um filho ou
alguém muito próximo, verá que na verdade não é capaz de amar ao próximo como a
si mesmo; muito menos ao próximo que nem humano é. Por isso prefiro trocar o “amai”
pelo respeito, é mais viável e tem a possibilidade de ser mais abrangente.
10 - Deve o bem ser eterno, para merecer o valor
que lhe atribuímos, ou vale a pena procurá-lo, mesmo que o universo se mova,
inexoravelmente, para a morte?
Acho
que já respondi essa pergunta lá em cima, sou em um determinado e mínimo espaço
e tempo, se me afasto dessas referências tudo que sou se relativiza, perde
importância, desaparece; mas nesse espaço e nesse tempo sou, e se sou minha
existência e meu bem estar vão depender de eu agir da melhor maneira que posso,
por mais insignificante que eu seja e que esse lugar e tempo por mim ocupado
sejam. Ser bom é, em última análise, um ato de profundo egoísmo. Mas o bem é a
forma como cada um vê as coisas, e esse relativismo é um dos grandes
responsáveis pelos horrores e pelas aberrações presentes no mundo e na
história; somos máquinas biológicas passíveis de sérios, graves e variados
defeitos de fabricação, o bem para um pode ser algo que destrói muitos outros,
como exemplo podemos voltar a Hitler, que considerava um bem “livrar o mundo”
da existências dos “inferiores”. Pessoalmente vejo vantagem em procurar
o bem e vejo que meu conceito de bem não é prejudicial, ou pelo menos não
parece ser, aos outros que não são eu; essa (quase) certeza me faz acreditar
que vale a pena procurar o bem tanto nos meus atos quanto nas minhas convicções.
O fato de acreditar que realmente o universo, ou pelo menos a vida como a
conheço, se encaminha sim, inexoravelmente, para a morte não muda essa minha
postura e convicção.
11 - Existe a sabedoria, ou aquilo que nos parece
tal não passa do último refinamento da loucura?
Novamente
tenho que apelar para o relativismo. Quando pesquiso o conceito de homem na
visão de Hamlet usando o Google, vejo que muito conhecimento, que pode ser
chamado de sabedoria pela minha ignorância imensa, está por detrás desse meu
apertar de tecla; quando leio o que escreveram muitos filósofos e muitos
cientistas, vejo tal nível de sabedoria que chego a, meio brincando meio sério,
pensar que essas pessoas não pertencem à raça humana; uma pessoa, por exemplo,
como Einstein, parece por vezes aos seres comuns como eu, ser na verdade um
extraterrestre de cultura e inteligência muito superior que, por alguma razão
desconhecida, veio viver entre nós; e eu não sou a primeira pessoa que diz
isso. Porém, quando começamos a relacionar as perguntas que não podemos
responder e quando, numa abstração ainda maior, pensamos na possibilidade da
existência de perguntas que não podemos sequer formular, o que acontece é que a
sabedoria fica parecendo uma fantasia de conto infantil. Não sei se chamaria
isso de loucura, acho que se assemelha mais a fantasia mesmo; acreditamos que
sabemos, ou melhor, sentimos que alguns poucos de nós sabem tanto, e nos
espantamos e nos maravilhamos com isso, mas se tentarmos “pisar” no que
talvez seja a realidade, o que chamamos sabedoria se torna tão inexistente e
inconsistente que somos tentados a rir de nós mesmos; e é isso o que,
seguramente, muitos sábios fazem.
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